No canto superior direito da capa do jornal "Correio da Manhã", de Domingo 22 de Dezembro de 2013, lê-se o seguinte: " Moçambique - Piloto da LAM atirou avião ao solo com intenção". Nas paginas interiores, vem então relatados os acontecimentos ocorridos com a tragédia que vitimou todos os passageiros que seguiam a bordo de um avião, de Lourenço Marques (Moçambique) com destino a Angola (Luanda).
Vem relatado que o piloto-comandante da aeronave, ao que parece, praticou um autentico acto suicida , levando para a morte, todos os seus passageiros. O que lhe teria passado pela cabeça, para executar tão "estranha" e cruel decisão, quando a sua obrigação, era, ao invés de dar cabo de muita gente em simultâneo, conduzir todos os passageiros com inteira segurança, responsabilidade e conforto, até aos seus destinos ?
Este caso, faz-me afluir, uma situação, que, em tempos que já lá vão, se passou comigo, em que, as decisões assumidas pelo comando do aparelho, em que eu viajava, ao contrário, preservaram e defenderam as boas condições de voo e total segurança , de molde a evitar-se qualquer acidente que pudesse vir a surgir, perante umas determinadas ordens emanadas por parte dos serviços do aeroporto de Luanda.
Vim a tomar conhecimento do que se passara, mais tarde, por intermédio de um familiar, que também trabalhava na TAP, e, infelizmente, já falecido.
Embarquei num grande avião,em Luanda, com apoio de fontes medicinais, com destino a Lisboa , afim de ser submetido a tratamentos muito especificados, naquela cidade, dado o avançado grau de estado de saúde, consequente de vicissitudes ligadas ao processo de descolonização, com bilhete de ida e volta.
Bilhete de viagem de regresso a Angola, nunca utilizado |
Contou -me, o meu Familiar , com o pedido de certa reserva-, o que se passara a bordo do avião em que eu viajava...o seguinte:
..." O piloto do grande aparelho , no qual eu era um dos 500 passageiros, que recebera ordens do aeroporto de Luanda, para, antes de aterrar em Portugal, dar meia-volta e regressar, imediatamente, a Luanda, pois tinham ordens para recolherem um passageiro, que viajava naquele aparelho, de interesse as organizações governativas.
Resposta do piloto-aviador, comandante do avião: Estamos já a vista e bem perto do Algarve, e, se cumpríssemos as vossas ordens, íamos pôr em risco a vida de 500 passageiros que transportamos., pois o combustível já não seria suficiente para tal cumprimento de ordens.
Desconfiava-se que o tal passageiro com quem pretendiam "ter conversa" ... era EU !...Ufa, já lá vai quase meio século...
E assim, Grandes Comandantes da AVIAÇÃO PORTUGUESA - Bem hajam...
E uma boa prenda na árvore de Natal....
Dezembro - 2013. |
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Tá?!...
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