sexta-feira, 27 de junho de 2014

O melhor do mundo...

E pronto,  estamos despachados.  Os nossos queridos rapazes da equipa nacional de futebol (se é que podemos chamara equipa aquele grupo de jogadores desgarrados) terminaram a sua participação no campeonato do mundo de futebol com uma derrota (0-4 contra a Alemanha),  um empate (2-2 contra essa potência mundial do futebol que são os Estados Unidos da América) e uma magra vitória ( 2-1 no embate com os ganeses).

Não se pode dizer que tenha sido brilhante. Com muitos jogadores aleijados,  outros cansados,  outros ainda com pouca vontade,  era difícil fazer melhor,  até porque não jogavam sozinhos,  do outro lado estavam outros onze jogadores,  sedentos de vitória e ansiosos por poderem dizer aos filhos e mais tarde aos netos que tinham  defrontado e vencido o melhor jogador do mundo.

Os 4 golos encaixados contra a Alemanha não desanimaram o pessoal.  Afinal ainda havia dois jogos,  contra  os toscos americanos e os ingénuos jogadores do Gana. O empate contra os americanos,  que afinal não eram tão toscos assim,  não foi suficiente para desarmar as hostes. Enquanto há vida há esperança e bastava golear os africanos e contar com a ajuda dos nossos amigos alemães.

Os alemães até fizeram  a sua parte. Nós,  seleção portuguesa,  é que ficámos pela vitória tangencial. O problema é o de sempre: planificação em cima do joelho,  esperar que tudo corra pelo melhor,  rezando à Virgem e deixar tudo para resolver à última da hora. Tudo típico do bom português.

Ora toma lá, que já almoçaste...

No blog "Diário de um resmungão"  o autor tece algumas considerações  quanto ao carácter típico do bom português e que passo a transcrever com a devida vénia:

"Por mais que digam mal dos portugueses, que uma qualquer agência de Rating nos classifique como lixo acredito que somos muito mais importantes que qualquer outro país. Acredito que temos Orgulho na nossa História, que somos descendentes de nobres heróis que lutaram e que defenderam as nossas cores, mas isso não muda o facto de termos uma panóplia de características negativas. Digam-me se as alíneas a baixo não definem aquilo que na maioria dos casos é o Português:
  1. O pensamento de que quando algo corre mal poderia sempre ter sido pior. Ex: Deixei cair o telemóvel do quinto andar mas podia ser pior porque podia ter batido num carro ou ter acertado em alguém;
  2. Se não atingimos o grau de sucesso que pretendemos a culpa nunca é directamente nossa mas sim de terceiros. Ex: Num clube de futebol que não ganha a culpa nunca é do treinador ou da equipa, é sempre dos árbitros;
  3. Uma desorganização tremenda em que todos querem mandar mas ninguém quer fazer. Ex: A quantidade inacreditável de altos cargos em comparação com as restantes pessoas, essas sim, a verdadeira locomotiva do país;
  4. O facto de deixarmos sempre tudo para a última. Ex: Tenho um trabalho para entregar até segunda-feira mas ainda nem o comecei a preparar;
  5. A corrupção / Chico-Espertice. E esta é a pior das características e, está por si só mais associada a países latinos. A verdade é que os povos latinos têm uma maior apetência para os mais variados tipos de corrupção ou Chico-Espertice, que passam por ser trafulha, fugir aos impostos, passar a perna aos outros, etc.
Claro que também temos, como nenhum outro provo, uma enorme capacidade para nos desenrascarmos das situações mais anómalas, e de onde só um Português se conseguiria safar, mas isso não muda o facto de termos uma postura corcunda crónica, que é imperativo alterar. Esta postura está a afundar-nos e cabe a cada um de nós fazer algo mais sério."

E lá está,  o fado do português cumpriu-se mais uma vez. Rima e é verdade. Para o ano há mais...

Tá?!...

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