Dizia-se que ao longo dos anos aparecia um pouco lá para os lados da Barreta, Reza a lenda, gente da terra, que pelas noites frias deambulava pela rua. Um dia, porém o menino deixou de aparecer
Diz o povo que a lendária Moura Floripes, quando embarcou para as terras do Norte de África, levou-o consigo.
Vou então, transcrever, integralmente, o que vem publicado, de autoria de António Paula Brito, acerca dessa lenda, por a julgar mais pormenorizada, titulada LENDA DO MENINO DOS OLHOS GRANDES.
" Diz-se que o menino apareceu primeiro no Bairro da Barreta, numa altura em que Olhão era uma terra de muitos contrabandistas. Naturalmente não lhes convinha encontrarem nas ruas à beira-mar, a Guarda-Fiscal ou mesmo outras pessoas quando. fora de horas, traziam sacos de contrabando descarregados nas praias escondidas. Dizia o povo que tudo começou numa noite intensa, em que as gentes do Largo do Carolas viram por volta da meia-noite uma criança arrumada a um cantinho, com um cesto de vime num braço, vestido com uma camisinha e um gorro vermelho na cabeça. Como nas noites seguintes a criança voltou a aparecer, uma mulher mais atrevida foi junto dela para observá-la melhor; era um menino baixinho, reboludo e de olhos grandes. Encostou-o à parede com grande custo para que ficasse mais protegido, depois tentou levantá-lo mas a criança tinha um peso bruto, acabando por deixá-lo e voltar para casa sobre o olhar surpreendido de todos.
Começou então a dizer-se que em Olhão havia um menino encantado e logo que a noite chegava, a maioria das pessoas já não saiam de casa com medo do encanto, até porque segundo alguns, só com o olhar este menino podia matar uma pessoa.
Este encanto começou a aparecer também no Bairro do Levantge, e acabou por se tornar mais comum junto à chamada Fábrica Velha (antiga Fábrica delory, perto do actual "T".
A verdade é que geralmente ele era visto apenas por marítimos solitários e sempre com grandes bebedeiras. Estes contam que ao verem o menino a chorar pegavam-lhe ao colo, condoídos. O problema era sempre que os carinhos não paravam o choro do menino, e este ia pesando cada vez mais, até que o marítimo o deixava cair no chão. Nesse momento, de súbito, a criança desaparecia por encantamento.".
Arrastado, por encantamento do desfolhar das noticias que foram espalhadas, publicamente, por esta cidade de Olhão da Restauração, embora fisicamente apoiado pela "muleta", pois já são perto de noventa anos de uma intensa luta honesta de sobrevivência, embora português de Angola, mas apaixonado pelas riqueza naturais deste encantador País - Portugal, aqui estão algumas imagens filmadas que demonstram bem o que acima alinhavei neste meu singelo "bloguismo"...
Estátua da Moura Floripes.- Olhão. |
Que medo .... |
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