terça-feira, 27 de novembro de 2018

Um Lar de Idosos de rara solidariedade . em Faro-

                 
                                     Um sonho tornado-se  realidade  ...

Na verdade, a  Fraternidade,  a  Divinal,  e a  Humana Assistência, aos que,  de uma maneira geral, quando ultrapassam a idade de entre os ( 80) oitenta anos e chegam  já a atingir , em breve , os ( 100 ) cem anos), como o que vos escreve este blog, o Mundo  ,  não se lhes torna fácil conseguir  igual , ou  o mesmo convívio que perderam, antes daquelas idades,  pois entretanto, as coisas   foram-se mudando,, logicamente, ,  muitas vezes causadas pelo desaparecimento  com quem  compartilharam no mesmo  local  residencial,, com a mesma  dedicação moral , amorosa  e   familiar, durante longos anos, ao longo da vida, e que mais   tarde a  foice foi-lhes ceifando o  bom  e excelente   ambiente a   que  estavam habituados.

Falo por mim, pois o que me sucedeu ao longos dos meus dignos  91 anos de experiências  colhidas na vida   o  que mais me entristeceu, foi o inesperado falecimento, de quem mais amei na vida, após um casamento realizado  há 52 anos, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo,  em Luanda - Angola, e que agora a ex.Noiva, Alvarina Teresa repousa em eterno Descanso, e em PAZ, no Cemitério em Olhão.

Contudo, apesar deste infeliz  desfecho,  que a muitos  também sensibilizou,  o Carinho e a Fraternidade dos meus muito queridos  Descendentes, - Filhas e Netinhas -  mais próximos, levaram-me   depois  a passar a residir num famoso Lar de Idosos ( Residencia Assistida), em Faro,  denominado " Amera",   para que eu mantivesse  um modo de vida, sem estar subjacente, por isso,  ao que resulta  da infinita  SAUDADE ... e da  natural solidão,  proveniente dos isolamentos temporários, e inesperados..

E   assim cá vou vivendo a aguardar os meus  últimos  finais  momentos de digna e exemplar vivência., sempre  com dignidade e  exemplar respeito - documentalmente comprovado.

Eis comprovativos....


Num   jardim,  no dito Lar de Idosos, - "Amera", certo dia,  prestei    simbolicamente,    continência a um grupo de Companheiros, que numa  manhã  solarenta, se  divertiam alegremente.....

Aqui, vivia eu em Luanda, terra onde nasci,  e trabalhei. exemplarmente,  em Empresas de grande vulto,  das quais tenho comprovativos  dos efeitos benéficos que os  meus trabalhos de chefia, reproduziram.  Aquando da  data da "Exemplar Descolonização",  exercia eu a função de Chefia Contabilística, no Banco Totta-Standard de Angola.. Hoje  sou Reformado da Banca, aqui em Portugal,, com direito a uma misera pensão de reforma !

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E aqui,. começa então, uma  simples historia, que vou  tentar  " "estoriar", da melhor maneira possível..

Eis o grande edifício onde se constituiu em Faro, o Famoso  LAR DE IDOSO -- (Residência Assistida )"-   em Faro, denominado " Amera.".
Edifício "Amera" Lar  de Idosos ( Residência Assistida )- em Faro ( Algarve - Portugal)"...




A esmagadora maioria de utentes deste belo e  confortável Lar. destinado para o utensílio por  parte de  pessoas idosas (  não   idiotas),) como muitos querem crer que são, pois o utensílio das cadeira de rodas,   é como se  os utentes levassem  volantes nas mãos, na condução,  tal como como se conduzissem auto-carros, e daí  presenciam -se cenários batente enternecedores, que até chego a ter penas Deles  .Felizmente, Todo o Pessoal. empregado neste belo "lar",  está   empenhado em ajudar os Condutores, a rolarem por esses corredores fora,. em  auxilio dos  Séniors " Chauferes"  de trânsito... Há momentos de paralisação e espera,, que  chegam a durar mais de meia-hora, estagnados nas suas cadeira, à espera de serem conduzidos para  os elevadores que os levará a sala  onde se   toma o  pequeno-almoço,  almoço, lanche e jantar..

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Pessoalmente, desde que  vim para aqui viver, só tenho a dizer BEM DE TUDO E DE TODOS, INCLUINDO A PRÓPRIA DIRECÇÃO, pois a minha  forma de contactar, seja com quem for, sempre foi  ... RESPEITO, DIGNIDADE E... DE  COMPREENSÃO.  embora muitas vezes me considerem um    bloguista  reaccionário.

Como, boa comida,  bebo ( à excepção de vinhos), durmo,  vou a rua com a minha bengala,  vejo TV,  lavo-me e entrego a roupa suja a lavandaria, que me devolverá decorrido pouco tempo após a lavagem. Existem outras situações, em que por vezes, e acidentalmente,   chega a haver ligeira convulsão com que se julga mais importante, e inteligente,  do que os "Camaradas"    desta "Prisão sem grades"!...

O carinho que  aqui existe, entre os cem por cento  dos  existentes, no  Pessoal Trabalhador e da própria Direcção, em nada  existe   que se possa assemelhar  a uma "Prisão sem grades", mas tudo quanto aqui se tem passado, pelo menos durante a minha reduzida  permanência  tem sido a forma e jeito com que nos entendemos. Até me  parece uma convivência  CELESTIAL

Houve, há já dois dias, um "problemazinho" que se passou comigo, aqui, do qual passo a relatar ,sem nenhum sentido de critica mal intencionada,  mas, pelo contrário,  uma  saudação aquele   Generoso  Pessoal, que  contribuiu, com a sua  gentil  ajuda a tirar-me da cabeça a visão que chegara ...   o meu ultimo dia de vida...

A Amizade , constituída  por  todo  laço familiar ,  (Filhos, Netinhas,  Amigas e Amigos), vieram-me buscar ,a onde moro  agora,no Lar de Idosos-"Amera", para  festejarmos o ambiente familiar, com  um  almoço, em Olhão.

Tudo bem, e verificando que me enchiam , à mesa, o  copinho com um saboroso Vinho Tinto, acabei por ter feito uma das maiores asneiras da  minha vida. Engoli um pouco do referido vinho, pois há anos que eu não bebia  vinho  nenhum....  Resultado...Decorrida cerca de meia hora, comecei a sentir--me  muito  mal disposto, tendo sentido uma sensação de desmaio. e desconforto, com sintomas de paralisação de ordem cardíaca.

De seguida fui  hospitalmente observado,  no local,  até que  acabei  por ter sido conduzido a minha residência, no lar de Idosos", e ali recebido,, à entrada , pela "Empregada de Serviço",que me levou, amparado, ao meu quarto onde durmo.  Foi-me dado um banho quente, e depois acolhi-me à cabeceira  da cama, onde julguei repousar  serenamente.  Trouxera,-me à beira da cama, água para beber e bolachinhas para comer.

Tudo se passava ao contrário: o intenso  frio náo se afastava  do meu corpo, e comecei então a tremer, e a tremer, tal como nunca sentira.  O coração palpitava-me de maneira assustadora

Na presença de  Trabalhadoras da Instituição humanistica, o Lar., houve um Empregada que me cobriu, momentos seguidos, com um Cobertor, com características especiais que me produziram um  aquecimento, brando mas, depois,  violento, que me levaram ao termo, quando acordei, de ter pronunciado.... estive  á  beira da  morte. Senti-a  !...









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