domingo, 17 de junho de 2012

Aventuras na política da República Portuguesa...

Nota prévia: O texto seguinte foi "inspirado" numa crónica publicada no Blog "Adamastor", da autoria do Ten. Coronel João José Brandão Ferreira. A crónica inspiradora pode ser lida AQUI.

28 de Maio de 1997.
Carta recebida do novo Presidente do PSN-Partido de Solidariedade Nacional, que me foi dirigida e à minha Saudosa Mulher, em termos seguintes: "Depois de um exaustivo trabalho, chegou ás minhas mãos, pessoas de grande valor, como é o caso de V. Exa que foi Coordenador de Concelho e de Distrito do nosso Portugal."

Eleição para a Assembleia da Republica - Listas definitivamente admitidas:
Partido de Solidariedade Nacional -PSN
Candidatos efectivos:
1- Otilio  Maria Neto;  2-Humberto de Brito Correia;  3-Verissimo Afonso;  4 -José Pedro Emanuel da Silva Rodrigues;   5- Alzira Maria Franco Mendes;  6 - Armando José Carmo Ferreira Baptista; 7-  Alvarina Teresa Magalhães Loureiro Baptista ; 8 - Joaquim Guerreiro Jacob.
Faro, 30 de Agosto de 1995.
O Governador Civil
(José António Guerreiro Cavaco)

E foi assim, publicado o Edital para a Assembleia da República Portuguesa.

Será o ministro das finanças a fazer contas à vida???
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Pois o casal  Baptista, nº.s 6 e 7 convencido que, se fossem eleitos, com o seu contributo, tudo fariam para que não faltasse, a cada cidadão, o direito a um "bem-estar" na vida e tranquilidade.

Que ingenuidade... pelo que se pode observar, com o que se passa, presentemente, no nosso País, e , isentando-me de qualquer sentido de crispação, de ordem pessoal, para quem quer que seja, ouso transcrever partes de um texto que, por via da Internet, circula no nosso meio informático, sob o título "O Ministro das Finanças meteu-se com Salazar".

Numa entrevista ao jornal "Sol" (23/3), Dr. Victor Gaspar, Ministro das Finanças, que muito respeito teria dito:
"Salazar optou por uma estratégia de fecho do País sobre si próprio. Durante décadas prescindiu da possibilidade de se financiar nos mercados financeiros internacionais. A nossa opção é diametralmente oposta".

Não ponhamos de parte, que, durante a governação de Salazar, eu próprio assisti ao carregamento em  porões dos transatlânticos, em portos Angolanos, com destino a Lisboa, de toneladas de açúcar, café, milho, algodão, etc., e, por vias adequadas, (divulgação jornalística, de ocasião) com destino a Portugal,  peças cerâmicas, marfim, ouro, diamantes, abastecimentos de petróleo, etc.etc.

Sobre um empréstimo, recusado, devido às condições pesadas que foram tidas como atentatórias da dignidade  nacional e porque o problema financeiro mantinha-se e agravava-se:

...Por isso foram buscar, novamente, o tal professor de Coimbra. O filho do caseiro humilde do Vimieiro tinha fama de competente mas, também, pessoa séria..."

"É certo que Salazar colocou condições para aceitar o cargo e veio a impor uma "ditadura financeira", que obteve um sucesso rápido e extraordinário, criando um "superavit" nas contas em menos de dois anos."

E se há ainda muito boa gente que possa viver, a despeito das avançadas idades, não esqueçamos que Salazar livrou-nos, habilmente,  dos horrores da 2ª guerra mundial, que martirizou milhares e milhares de inocentes.

A seguir à loucura do "PREC" desincronizou-se todos os aspectos da vida em Portugal e os sucessivos governos foram-se aguentando graças à "pesada herança"  em ouro e divisas (deixada por aquele  que agora critíca) e a duas intervenções do FMI (1977 e 1983).

Poderíamos ter sido uma "CEE" sozinhos, onde mandávamos tudo, enquanto agora  não  mandamos...nada,  por termos  aderido à "exemplar "Descolonização" !

Ora, sem  qualquer sentido de querer menosprezar, quem quere que seja, costuma dizer-se que...

... a ferida só dói a quem a tem...


... E o casal que se inscreveu nas listas acima discriminadas, no PSN, ambos de origem humilde, como Salazar, sendo a candidata (já  falecida), e o marido, agora a caminho dos 90 anos, ambos com currículos inscritos a letras de ouro, por honestidade e dignidade, por ironia do destino foram incorporados no grupo  dos silenciosos... e bons!

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