quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O Alvorecer da Esperança ?...Oxalá !!!

Hoje em dia, tanto na imprensa jornalística, como nos meios de comunicação televisiva, é só desastres,  confrontos, descontentamentos inter-sindicais, políticos, afrontamentos, assassinatos, desilusões, mortandades e um rol de problemas, para cujas soluções, dificilmente se encontram plataformas "resolutivas", de entendimento colectivo.

Nota-se um certo cansaço e talvez uma colectiva indiferença, que é perceptível nas massas populacionais, quando lêem os jornais ou se debruçam sobre programas televisivos, sobre estas matérias, mas, que em determinado caso especifico as atenções, na generalidade, recaem e se afinam,  imediata e instantaneamente, afinal, no golo que o futebolista  Ronaldo infligiu ao adversário. É só Ronaldo... mais Ronaldo, o assunto do dia... (Passe o gracejo !...). 

Mas, Portugal, poderá  ter bases sustentadoras para boa convivência, tal... "ovo de Colombo", para se assumir como País de elevado progresso, se as atenções foram concentradas, em clima de entendimento, no aproveitamento de fundos que apoiem as riquezas naturais, existentes.....

Nas deslocações que, em tempos idos, fazia por motivos laborais, pelo  nosso território, até às fronteiras da vizinha Espanha, a mim próprio cheguei a fazer as seguintes conjecturas:

- A extensão territorial, Alentejana, por  vezes com superfícies  vazias, sem cultura alguma, não dariam para cultivar  e produzir o TRIGO E O CENTEIO, em quantidades suficientes, que dariam para sustentar toda a Europa ? E afugentar a fome, fabricando o "Pão-de-cada-dia "?.

- Através de documentação histórica, ainda sobre a região alentejana,  no local de S. Domingos, houve uma exploração mineral que cobria a massa piritosa, para a exploração intensiva de cobre, ouro e prata.
Com o tempo, tudo entrou em decadência, infelizmente !

- O Vinho (que surge no País inteiro, com marcas diferenciadas e acolhidas  em todo o  Mundo) é uma riqueza produtiva e extremamente apreciada;

- O azeite de oliveira, o sal, o milho, são factores que exportados, dar-nos-iam muita riqueza monetária;

- A hospitalidade turística, beneficiada por um clima muito bom e nada hostil;

- As praias, as rias, o excelente mar  com ondas  para os surfistas internacionais...

- O FIGO, excelente fruto produzido no Algarve, que, na célebre travessia dos heróicos olhanenses se atreveram ,  num  frágil caíque,  atravessarem o oceano Atlântico,  em toda a sua extensão, rumo ao Brasil,  livrou os valentes marinheiros de sucumbirem à fome., segundo se apurou historicamente...

Com o desabrochar de todos estes idealizados encantamentos, não seriamos capaz de fazer renascer um País de Fadas ? ... PORTUGAL !.


Há certas coincidencias , que, na realidade chegam até a  impressionar, como esta:

No decorrer deste trabalho, acabo de me confrontar com a seguinte legenda, publicada na Internet, sob o Site  Economia*Expresso", que passo a transcrever:

..."PORTUGAL A UM PASSO DE SE TORNAR PRODUTOR DE PETRÓLEO"...

Assim fosse !!!.. E, a propósito (sem ser  "vidente"), lembro-me ainda de uma curiosa situação que  se passou  há já muitos anos  atrás,  em Luanda (Angola). Morava num bairro (Prenda) e aos fins-de-semana, com Amigos e Família, percorria, no meu velho carro, cerca de sessenta quilómetros a caminho da Barra do Rio Cuanza, para a pesca desportiva. Acontecia que, a meio do caminho, na estrada, sentia  um cheiro  característico do petróleo, que até os  meus companheiros se riam, fazendo troça dos meus ditos ..." aqui, qualquer dia, vai surgir petróleo"...

Não é que, tempos depois, com taças de champanhe,  celebrámos o primeiro aparecimento de petróleo,   junto ao mesmo local onde jorrara, pela primeira vez, o líquido "que comanda o mundo ... o  PETRÓLEO  ???

Não vai acontecer, agora, o mesmo,  de certeza, ao percorrer longos caminho pelas vias terrestres alentejanas, onde, por graça, repito as mesmas palavras, como em Luanda (Angola), terra onde nasci.

Mas, para beneficio de todos, que venha, de qualquer maneira, repetir-se o mesmo como sucedera em Angola.!!!. Deus dirá ...

Caíque "Bom Sucesso"-- Olhão
Posto gasolina-Angola












Tá?!...

Finalmente uma Boa Notícia ...

Para mim foi muito mais importante e teve maior impacto a notícia queo jornal "Brisas do Sul" publica na 6ª página da edição de 31 de Janeiro de 2013, informando que... Acabaram-se as macas nos corredores da urgência do Hospital de Faro, do que aquela que, em grandes "parangonas", um outro jornal,  muito popular, em primeira página, dera  destaque  ao golo que o futebolista  Ronaldo tinha conseguido meter na baliza adversária....

Não me move qualquer espírito derrotista em  relação ao "futobolismo", que igualmente aprecio, mas as circunstâncias em que se desenrolam aos "sofrimentos" em cada um dos "específicos" patamares, diferem como o dia da noite.

É relevante o que noticia o jornal em questão, como , por exemplo "...De acordo coma fonte do Hospital de Faro, entrou em funcionamento dia 11 de Janeiro, a nova área  de Decisão Clínica no Hospital de Faro. Um espaço totalmente novo, criado de raiz e projetado para garantir melhores condições de tratamento e acolhimento dos doentes...." (o sublinhado é do autor deste programa).

Socorri-me, por diversas vezes, dos Serviços de Urgência do referido Hospital, onde sempre fui bem acolhido e muito bem tratado, em todas as  suas áreas clínicas..

Contudo, um pormenor que, realmente me "causticou", foi quando fui colocado numa maca para doentes, transportado e colocado, durante horas, no corredor, pouco iluminado, até que me fora dada baixa para regressar ao meu domicilio. O que me surpreendeu, foi que durante a permanência  no dito corredor, o silêncio esteve sempre totalmente ausente... Por essa razão, os melhoramentos agora anunciados, vêm  trazer um melhor conforto  e "bem estar" aos pacientes que sofrem de doenças que impliquem internamento hospitalar.


Que venham sempre BOAS NOTICIAS !...

Tá?!..

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Evidências...

Publicou o conceituado  jornal, da área algarvia, e que muito aprecio, "BRISAS DO SUL", com data de 31 de Janeiro de 2013, um trecho intitulado "Carta de  despedida de um colaborador que pediu anonimato".

Confesso que me "chocou" este anúncio, na  medida em que, logo no início da prosa (que transcrevo, com a devida vénia)  pôde ler-se o seguinte:" Estimado Amigo Luis Viegas. Não me foi fácil elaborá-la,  sobretudo por não me encontrar de boa saúde e com dificuldades para a recuperar, tão longos vão os meus 92 anos de idade e em intensa multi-actividades os mantive. Lamento, creia amigo, que, deixar de escrever no "Brisas do Sul" entristece-me e significa o fim da actividade de jornalista,  que iniciei aos 19 anos no semanário "Ecos de Belém", em Lisboa.

O final do texto, termina assim :

..."Com um abraço e votos no sentido do trajecto evolutivo do seu Jornal, abraço-o com Admiração e Amizade."



Respeitando o pedido de anonimato manifestado pelo Colaborador, que subscreveu semelhante pedido, fica-se, assim, a desconhecer quem  foi o autor que endereçou semelhante carta ao referido Jornal.

Fiquei com a ideia de que o Ilustre ex-Colaborador, pressentia a aproximação dos seus últimos suspiros que o levariam ao fim da vida e que, a despeito da sua grande vontade, sentia-se incapaz de prosseguir naquilo de que sempre  gostara - o jornalismo !

Disse, ao principio deste programa que ficara "chocado" e impressionado. Porquê ???...

Pela situação dramática que se vive, repentinamente, no momento mais doloroso a que uma pessoa possa  estar presente... assistir  naquilo que é o mais natural do mundo - o fechar de olhos, repentino e perpétuo de Alguém que estimamos, acoplado a nosso lado, de ombro a ombro - o Adeus para sempre!

Por experiência pessoal, compreendi a razão pela qual  foi dirigida ao Director do Jornal, a carta que acima se faz referência. Passei por uma situação equiparada em que a Dor só dói a quem a tem !

Tá?!.

Mais um retalho...

Os tempos que correm são tempos difíceis. É a crise, dizem. Mas o que é a crise ? Ninguém ainda explicou de forma, a meu ver, convincente o que raio é essa coisa a que chamam crise.

Falam em ruptura financeira, descalabro do sistema bancário, mercados nervosos (porque não  bebem um cházinho de tília ?), divida soberana, etc. etc... Mas quem criou tudo isto ? Porque aconteceu e porque têm que ser,  como sempre, os mais simples e desprotegidos comuns cidadãos a arcar com as consequências ?

Cá para mim, a crise tem é as costas muito largas, servindo de cobertura à incompetência, falta de escrúpulos, corrupção e esquemas obscuros que são a essência do sistema financeiro mundial. Isto para não dizer que este modelo económico está mais que esgotado e não serve os interesses da sociedade global, mas apenas os interesses de uns poucos. Se as coisas assim continuarem, será  possivelmente o colapso da nossa civilização, com guerras, destruição e morte, tudo por uma riqueza virtual,  contabilística, apenas.Que esta "vidência" não se concretize e que quem manda tenha juizinho nessa cabecinha e inverta rapidamente o sentido de marcha que nos conduz ao precipício...
Testemunhos...

E a culpa morre solteira. Uns continuam a administrar o que, comprovadamente, administraram mal.Outros reformam-se, partindo para um exílio milionário e dourado, tudo às custas do "ZÉ PAGANTE". Há ainda aqueles que andam pelos tribunais, fugindo de recurso em recurso, clamando inocência e alegando difamação por parte sabe-se  lá de quem. E o carrossel continua a rodar...

Há depois aqueles que cumprem as funções para as quais são designados. E fazem-no bem ! Mas esses são frequentemente mal vistos,  pois estão contra o sistema. E apenas porque, como seria de esperar, cumprem as suas obrigações, laborais, sociais e fiscais de forma inquestionável. Esses são alvo de uma inveja surda e, apesar do apoio de muitos, são "encostados" por uns poucos que detêm o poder.

Eu, pessoalmente,  e como já por diversas vezes aqui referi, sempre com humildade mas com orgulho, tenho a consciência tranquila dos deveres cumpridos. Tal facto traz-me tranquilidade e permite-me dormir descansado a noite toda, coisa de que, seguramente,  muitos não se podem gabar...

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O Gigante "Adamastor", da história...

Em correlação a anteriores publicações neste benéfico circuito que a Internet disponibiliza aos  entusiastas "bloguistas", uma vez mais, aqui vai um pequeno adicional, relativamente a um texto  subordinado ao titulo "Actividade laboriosa", em que se  descreve a série de Empresas e Firmas, em que fui interveniente, enquanto Activo, na área laboral/profissional.

Não é surpresa para ninguém, que numa época efervescente, já com alguma distância temporal,  no território angolano, especificamente em Luanda,  perante os acontecimentos belicistas que, de dia para dia, se ia agravando, quanto ao futuro das nossas riquezas, sediadas em Angola e renascidas à base do esforço e trabalho honesto da população activa, dizia-se "haja o que houver, ficamos.  por cima ou por baixo da terra..".

Os ventos tempestuosos da história, não foram, de modo algum, favoráveis a que se tivesse dado  "cumprimento" a esta visão que se apregoava, pouco antes da independência, em Angola, como se sabe...

Sobranceiramente a todos os sacrifícios que a Gente Trabalhadora dedicara para o desenvolvimento da grande nação que se erguia em África, a Angola  sob a  bandeira portuguesa,  não sortiram  efeitos positivos   a favor dos ditos "Retornados"...

No meio da "trovoada tempestuosa", que, entretanto, se agigantou, ainda houve quem  se tenha lembrado do autor destas linhas, à distância, o meu director chefe Mr. J.J.H. Vermeulen (Managing Director), na medida em que conhecera e sentira, naqueles  momentos aflitivos, os problemas e dificuldades com que, eu  próprio me  ia  confrontando, especialmente em matéria de saúde.


Foi, então, que, surpreendentemente, me veio parar as mãos, uma carta do meu ex-director geral (aqui fotocopiada) que se ausentara de Angola, pelos  motivos reconhecidos, a disponibilizar uma  eventual possibilidade de colocação no Brasil, para onde se tinha transferido, pelos mesmos motivos que abrangeram os injustiçados Retornados.

Por motivos óbvios, não parti para o Brasil... mas... os meus ossos deverão  ficar  por baixo  da terra, neste encantador  e lindo País, PORTUGAL, onde  acabei por fixar residência.e ter, há bem  pouco tempo, "perdido", infelizmente, para sempre, a que fora a minha melhor Amiga, na vida, A AMADA E QUERIDA  ESPOSA, com quem casei, em Luanda (Angola) há sessenta anos!...



Tá?!...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Maravilhosos tempos... que já lá vão ...

Frisei, em anteriores  blogs, que na lista submetida à apreciação dos Leitores, figurava o nome da empresa  PFIZER, sociedade internacional onde prestei serviços contabilísticos durante longo tempo, a contento, na capital de Angola, mais precisamente na cidade de Luanda.


Nesses tempos fiz Amigos vindos dos Estados Unidos, que, em missão da inspecção às vendas dos produtos farmacêuticos,  pois a força negocial incidia sobre medicamentos, pois tratava-se de um negócio com características muito especiais porque, como se sabe, a Penicilina e outros antibióticos, eram os produtos básico nas transacções comerciais..

De entre os visitantes especialistas, que periodicamente inspeccionavam os produtos farmacêuticos produzidos nos seus Laboratórios, sempre vinha um ou dois com a convicção de que era grande pescador amador, lá na sua terra.

Aos fins de semana, então, combinávamos deslocar-nos até  à  foz do Rio Cuanza (Angola) para medirmos as "peneiras" com que os amigos Americanos se vangloriavam.

Não foi preciso muito tempo para os "derrotar", pois, veja-se pela foto anexa, que a força da razão estava cem por cento do nosso lado - os das secções contabilísticas da dita Firma, vendedora dos antibióticos  mais procurados no Mundo.


   Eis os pargos que pesquei, com cerca de sessenta quilos cada um.

E adeus "peneiras" !!!...

Tá?!...

A Loucura do Elogio...

Há dias li um pequeno artigo de opinião num jornal local em que a jovem autora lamentava o facto de,  tal como existe para as reclamações, não haver um livro de elogios.

Passamos o tempo a reclamar e a lamentar. Umas vezes com razão, outras nem por isso. Mas, atentemos,  quanto  do nosso tempo é passado a elogiar algo ou alguém ?

Verdade seja dita que nos tempos mais recentes o povo português, de uma forma geral,  não tem tido grandes razões para elogios. Mas, caramba, será que não temos nada de bom à nossa volta, que mereça ser enaltecido e elogiado ?

O meu Avô.
Quando alguém tem um acto de gentileza ou elogio é olhado "de lado" e visto como um louco. "Mas o que é que este tipo está para aqui a dizer ? Ele está a elogiar e a dizer bem? Deve ser maluquinho, coitado !..."

Gastamos demasiada energia  a fazer listas quase exaustivas dos pontos negativos de quem ou do que está à nossa volta. Esta energia negativa é esgotante e pode levar à demência. Sim, à demência e degeneração numa sociedade que deixa de saber reconhecer o que tem, em si mesma, de positivo.

O céu azul,  o calor do  Sol no nosso rosto, as crianças a brincarem felizes num parque, o sorriso de um velhote ou de uma velhota quando lhe damos a mão para os ajudar... Enfim,  tanta coisa boa.

A minha Avó.
Dada a minha já provecta idade recordo com carinho (e sempre foi assim) as minhas memórias  de infância e juventude. É com grande carinho que recordo os meus Avós, pelos quais tenho grande respeito e admiração,  agora e sempre. Sempre olhei os Avós como alguém muito especial, capazes de me ensinar muito sobre o que é a vida e como enfrentá-la. Há povos, que dizem ser mais atrasados em termos de evolução (será ?), que têm pelos seus anciãos o mais elevado respeito e admiração, sendo estes considerados os elementos mais valiosos da tribo ou grupo. Isto acontece porque estes povos reconhecem o elevado valor da experiência e saberes acumulados nestes elementos mais idosos e a mais valia que podem trazer para a sua sociedade. Reconhecer erros passados e conquistas importantes é algo que só alguém com experiência é capaz de conseguir e é essa pessoa a mais indicada para transmitir esse conhecimentos às gerações seguintes.

Infelizmente a nossa sociedade não dá o devido valor aos mais velhos... São frequentemente vistos como um "trambolho" fora de validade. Provavelmente, é por estas e por outras que a sociedade actual está como está. É uma crise financeira mas cuja origem é uma acentuada crise de valores.

Façamos, então, loucuras. Elogiemos os nossos Velhotes, os nossos Pais e Avós. Eles que tão importantes são para nós... Eu deixo o meu elogio aos meus Avós. Obrigado e Bem-hajam !

PS - Quero relevar a colaboração do meu Amigo e Kamarada de luta armada, Luís Ribeiro, especialista  nestas matérias de blogues e companhia que me ajudou na redacção deste e de outros textos. Obrigado!.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Actividade laboriosa ...

Inspirado no contexto de um "blogue", que  publiquei sob o titulo "Os retalhos da manta", há um par de dias, de novo, aprouve-me adicionar algumas reflexões do que resultou ter sido um "exemplar" Trabalhador, enquanto no ACTIVO, e que, após tantos anos de actividade laboral, sempre exercida com zelo e dignidade, acabou por ser "catapultado" para a situação de... velho Reformado !....

Independentemente do doloroso "isolamento e solidão" que renasce de imediato, no nosso espírito, quando  a Companheira de uma  união matrimonial, ao fim dos sessenta anos de um bom convívio, parte para o Céu, há que colmatar, tal sofrimento, com algo que o alivie... o recurso à Internet: capitulo "bloguista" para distracção...

Como se abordam questões relacionadas com actividades, em matéria de trabalho, apelei à minha fraca memória, alguns indicativos que me recordassem alguns passos por onde caminhei, ao longo da vida, para atingir a felicidade de poder  manter a Família , enquanto pude, confortavelmente instalada

Concluído o meu curso comercial, em Luanda (Angola), o primeiro que ali fora autorizado por Salazar, a  lista de empregos, em que tive a honra de ter contribuído, vem a seguir  descriminada:

Na actividade, não bancária:

- SOREL/CATERPILLAR - (Luanda-Angola), durante 15 anos.
- J. LOPES - LUSALITE - (Luanda-Angola)
- PFIZER INTERNATIONAL- INC - Laboratórios Pfizer de Angola, SARL -  (Luanda-Angola)
-NEA - NOVA EDITORIAL ANGOLANA-SARL (JORNAL "O COMÉRCIO") - (Luanda-Angola)
-MUNDUS DE ANGOLA ESTRUTURAS TUBULARES,LDA - (Luanda-Angola)
-VERCOOP - UNIÃO DAS ADEGAS COOPERATIVAS DA REGIÃO DOS VINHOS VERDES-SCRL - (Agrela - Santo Tirso - Porto)
-COOPERCUF - COOPERATIVA DO PESSOAL DAS EMPRESAS AFILIADAS DA CUF EM     ANGOLA.SARL - (Luanda-Angola)
-MACORELY, LDA - (Lisboa-Benfica)
-NACIONAL RÁDIO, SARL (General Electric) - ( Lisboa - Cruz Quebrada)
-CARBONYL - TINTAS - VASCO ALEXANDRE - (Torre de Natal - Faro)
-ANTÓNIO RITTA - AR - PROALGARVE - (Vila Real de Santo Antóniio - Algarve)
-M7 - PASTELARIA - CAFÉ -FONSECA, LDA - ( Faro)

(Actividades na Banca Portuguesa, com desempenhos Directivos).

-BANCO TOTTA-STANDARD DE ANGOLA- (Luanda-Angola) - Da equipa fundadora do Banco
-BANCO PINTO & SOTTO MAYOR (Lisboa, Moscavide e depois Matosinhos)
-MILLENNIUM BCP - BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS, S.A.- (Reforma)

Para além destas empresas, acima referidas, participei na Direcção Sindical do Sindicato dos Bancários do Norte, com pleno êxito.

... e fui candidato a deputado à Assembleia da República Portuguesa, no ano de 1995...



  Bem hajam


Recompensa - uma única Pensão de Reforma... a mínima no sector  bancário...
                                        

E O FUTURO SEJA O QUE DEUS QUISER..

Tá?!....

sábado, 26 de janeiro de 2013

"Verdades incontornáveis"...



 Nota prévia - Esta publicação foi inspirada num artigo inserido na Internet, que saiu sob o titulo "Os retornados, uma opinião e estudo que circula na internet".



Começo por transcrever o final da referida publicação, pois dada a extensão do referido  artigo, apenas se pretende dar relevo a questões que, eventualmente, possam vir, ainda, a merecer algum  interesse.

*************

..." Cremos que estes números,  extraídos de fontes absolutamente insuspeitas, serão suficientes para desfazer  certas ideias que, infelizmente, ainda de tempos a tempos afloram em certos meios e em determinadas ocasiões, acerca dos Retornados do ex-Ultramar.
Na verdade,  e a despeito das desgraçadas condições em que se desenrolou o seu regresso à Pátria de origem ou de opção - o fluxo dos retornados constituiu na realidade um indiscutível e precioso factor  de valorização da sociedade portuguesa."

 ..................................

 (E voltando ao inicio do texto, mas transcrevendo-se apenas o que se pretende evidenciar, com base na referida  publicação):

..."Uma das ideias feitas que  ainda hoje subsiste no nosso País, é a de que os "retornados do Ultramar" constituíam uma legião de indivíduos que vieram agravar de várias formas o já de si deplorável estado da sociedade portuguesa à data da Descolonização."

..."Paralelamente, as manipulações da opinião pública foram cessando, e estudiosos atentos e imparciais debruçaram-se sobre a realidade - e os retornados do ex-Ultramar surgem aos olhos da opinião pública e dos seus concidadãos em geral, como aquilo que na realidade são.

Para esboçar esse retrato do retornado  socorremo-nos de um valioso e insuspeito estudo realizado por um grupo de universitários, prefaciado por uma brilhante Secretária de Estado de um dos Governos pós 25 de Abril, editado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento,  para neste momento e neste local,  traçarmos um RETRATO DE CORPO INTEIRO  dos retornados, e da sua contribuição para a revitalização da sociedade portuguesa..

..."Com a entrada dos retornados, a sociedade portuguesa foi subitamente enriquecida com mais de 5.000 mil  engenheiros e técnicos dos mais elevados graus e ramos da engenharia civil e de minas, de industrias transformadoras e outras; cerca de 1.800 biólogos,  agrónomos,  investigadores dos ramos fisico-quimicos e similares; quase 13.000 professores e outros docentes de todos os ramos de ensino, desde o primário ao universitário;325 navegadores, pilotos e outro pessoal especializado da navegação aérea e marítima; cerca de 16.000 quadros de serviços administrativos e outros, desde estenógrafas a operadores de informática."

..."A construção civil,  cuja maior força de trabalho tinha emigrado para os países da Europa,  foi enriquecida com  13.000 pedreiros, carpinteiros e outros profissionais dos mais diversos ramos"

..."As industrias transformadoras  foram enriquecidas com mais 12.000 operários especializados, desde os ramos têxtil ao da alimentação e bebidas, da mecânica fina ao mobiliário."

..."O sector dos transportes viu-se repentinamente valorizado com a entrada de mais 13.000 condutores de veículos pesados e de transportes públicos.

..."Porém  e talvez mais importante ainda que as suas especializações profissionais, os retornados trouxeram à força de trabalho do País a contribuição valiosíssima da disciplina, da produtividade, da assiduidade, que rapidamente os distinguiram ( e não raro os tomaram  detestados...) num ambiente em que apenas se falava de postos de trabalho... mas não se trabalhava; em que o absentismo ascendeu a taxas inconcebíveis, em que os locais de trabalho se transformaram em centros de organização de manifestações apropósito de tudo e de nada". (SIC)

************

Foram assim transcritas, partes, do que vem publicado no programa da Internet.

É certo que os tempos actuais já são outros, com oscilações governamentais de permeio e legislações alternativas. As coisas mudaram, consideravelmente, a partir de então, com profundas alterações.

Daqueles retornados que regressaram de Angola, crê-se que um pouco mais de metade eram nascidos ou oriundos de Portugal e os restantes eram portugueses já nascidos nas então províncias ultramarinas.

Na discriminação etária  verificou-se que a maioria dos retornados tinha, na altura menos de 40 anos, de idade, pelo que, se supõe, ter a maioria, agora, uma idade atingindo os 70/80 anos, ou mais !....

Sem constituir presunção alguma, nem preciosismo despretensioso, uma verdade é certa. No tocante à actividade laboral, em determinada altura em que se desentendiam os detentores de postos administrativos, sobretudo em empresas de grande envergadura, aqui em Portugal, a escolha acertada para pacificação e disciplina nocampo financeiro, que estava entregue a uma Instituição Bancária, recaiu num "Retornado Bancário" vindo de Angola - O escolhido foi precisamente o autor deste blogue, possuidor de um bom e comprovado curriculum  laboral !











 



Nota final:
Presentemente, o Autor (bloguista destes artigos) já é Reformado da Banca, há longos anos, e aguarda que DEUS se lhe aproxime, no dia em que terminar, para ele, que o sol se vá dos  lagos, das colinas e que seja conduzido aos Céus, para o Descanso Eterno, ao toque do ... SILÊNCIO  !...

 Tá?!...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A condução automovel...

Deus escreve  certo por linhas tortas


Este provérbio veio aflorar à minha pobre e velha mente, devido a um episódio que,com alguma frequência, ainda  vai acontecendo, nas nossas extensas estradas, pelo País fora, cujos condutores teimam em não respeitar as leis que regulam o nosso trânsito automóvel

Vinha eu conduzindo, com todas as cautelas necessárias à boa condução, dentro dos limites de velocidade que nos é permitida, aos oitenta e cinco anos de idade, quando, insistentemente, me vi perseguido por um luxuoso automóvel, em que o condutor não parava de buzinar e fazendo sinais obscenos e agressivos para  que eu acelerasse a marcha com que vinha conduzindo, respeitando todas as regras que regulam a boa condução automóvel.

Repentinamente, o indivíduo, ultrapassou-me, com velocidade excessiva, numa estrada assinalada com aproximação de "perigo", ameaçando-me, dentro da sua viatura, por gestos, que mais adiante me  faria  estacionar, amedrontando-me.

Nisto, percorrida  já  uma boa distancia, o que vejo ? : o luxuoso carro, encostado à beira da estrada e um Agente da Policia, a medir-lhe a quantidade de álcool que o individuo continha. Vim a ter conhecimento,  pelo noticiário televisivo, do dia, que naquele preciso lugar, um condutor tinha sido preso e apreendido o seu carro luxuoso, pelo que, dado os pormenores particularizados da ocorrência ... com toda a certeza  que se tratava da  mesma pessoa que me quis fazer mal, ao longo do percurso assinalado...

Há uma  contradição, na foto, quanto à "inspecção" policial, mas, no caso presente, era um Cavalheiro (o prevaricador) e não a simpática  Senhorinha a ser  inspeccionada... Nada de confusões !!!...

Tá ?!...

Os retalhos da manta...

Há um par de dias aprouve-me lançar aqui algumas reflexões relativamente à "desunião" sindical do sector bancário,  inspirado numa entrevista do Presidente da FEBASE , o Senhor Rui Riso. Este meu artigo pode ser  acedido no link abaixo:


A dado ponto, à laia de comprovativo das palavras do Senhor Riso, em que ele lamentava a divisão dos bancários em sindicatos regionais,  isto num país pequeno,  como o nosso, relatei situações  pessoais que concretizam o negativismo de tal situação.

Resumidamente, a dada altura da minha reforma e por circunstâncias próprias da vida, fui, juntamente com a minha Mulher, amiga e companheira de todo o sempre, entretanto, infelizmente, já falecida, aconselhado a recorrer a um complexo residencial dos SAMS, situado em Azeitão,  que presta apoio e providencia alojamento digno a cidadãos,  bancários reformados, na estação da terceira idade.

Estando eu sindicalizado a norte, foi usado esse facto como  justificação para a  nossa não admissão,  afirmando os responsáveis que "[...] a mesma não se enquadra no regulamento do lar que condiciona a admissão exclusivamente a beneficiários do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas" - Ver  documento  comprovativo em anexo.

Tendo que, obviamente, acatar tal decisão, custa-me aceitar e compreender. Um Bancário é um Bancário,  seja ele do Sul, Norte, Centro, Ilhas ou (relembrando a minha história pessoal e a de muitos outros) das Províncias Ultramarinas, ponto final !!! E digo mais: Porque há de um Reformado ficar limitado à sua região de sindicalização ? Por razões de saúde, como é o meu caso, é frequente um idoso reformado ter que procurar outras paragens. Acrescento ainda que, na altura em que solicitei a admissão  no mencionado complexo residencial para a terceira idade, já residia bem a Sul, no nosso Algarve. De certa forma era já um bancário do Sul, cuja ligação a norte apenas se fazia por meio do cartão sindical. Para os Senhores do Sindicato, os do Norte que fiquem por lá...

No caso dos bancário, tal como noutras classes profissionais, como por exemplo os Professores, a existência de múltiplos Sindicatos,  para além de fragilizar  a sua capacidade negocial e reivindicativa, no que às questões laborais e de apoio se refere, vai também contra a própria noção do que deve ser um Sindicato: um veículo de união e aglutinador dos Trabalhadores de um sector de actividade comum, e jamais motivo para quezílias e separações. Tal só interessa àqueles a quem a existência de sindicatos fortes e trabalhadores conscientes da sua força é um entrave à sua ambição sem limites, sejam eles de ordem ética, social ou moral...

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O Pratas já aí está...

Mais uma da África antiga...(Angola)...

Passou-se, realmente, no norte de Angola, já lá vai muito mais de meio século...

Numa carrinha ambulante, um velho veterano que se dedicara à projecção ambulante de filmes, ao ar livre,  o Senhor Pratas (como era conhecido) e, curiosamente Pai de um colega que comigo iniciara os primeiros estudos, da  primária, durante a época quente do verão, em que em certas noites se atingia uma elevada temperatura ambiental, este Senhor "projeccionista" era sempre muito  ansiosamente aguardado pela massa populacional, sobretudo em  locais em que só havia cubatas e  onde os seus habitantes, genuinamente "africanos", até, muitos deles nem sabiam falar a língua portuguesa... mas entendiam-se em quimbundo.

Montado o écran, em campo aberto e livre, o Sr. Pratas, geralmente ao anoitecer, experimentava a sua maquineta projectora de filmes geralmente "bonecadas", anunciava, com gestos e sons, para  que os  "espectadores" se arumassem sobre o capim, pois iria dar inicio ao espectáculo.

Lá conseguiu que se fizesse o silêncio para se poder ouvir o som dos microfones e zaz!!!... com as baterias alimentadoras lá punha a máquina projectora a funcionar..

O alarido dos assistentes, então, era caótico, ao verem as imagens  projectadas no écran, montado a certa distância... até que..
.
  ... numa das cenas do filme, que estava sendo projectado, surgia uma forte personagem munida de uma catana na mão e com um ronco feroz...

...Ai Jesus ! o que aconteceu de imediato:

             









OS ESPECTADORES, AMEDRONTADOS COM O CENÁRIO, AOS GRITOS, LEVANTARAM-SE  E... FUGIRAM TODOS... A SETE PÉS  !!!...

AIUÉE... AIUÉE. !!!......

E o campo ficou deserto ...Que grande sala de cinema...

(A norte de Angola já muito  "embrenhados" numa  área selvagem ... foi há muitos anos...).

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A manta de retalhos...

Nota prévia: Esta publicação foi inspirada numa entrevista do Secretário Geral da Federação do Sector  Financeiro (FEBASE),  Rui Riso, concedida à revista FEBASE,  propriedade da referida Federação. A entrevista pode ser lida na Internet, a partir da página 3 do ficheiro em formato PDF (link disponibilizado abaixo).


Como, já por diversas vezes , aqui referi,  sou Reformado do sector bancário. Os problemas e as injustiças a que fui sujeito por ter exercido a minha actividade em Angola, são histórias que também já fui por aqui relatando.

Quando me vi obrigado a fixar residência e profissão em Portugal Continental (na Metrópole,  como então se dizia) fui colocado em Lisboa, sendo, por via disso, sindicalizado no Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas.  Algum tempo depois,  fui transferido para uma Agência a Norte, mais concretamente em Matosinhos. O meu novo Sindicato passou então a ser o Sindicato dos Bancários do Norte. A mesma profissão, Sindicatos diferentes, políticas assistenciais diferentes.

Confesso que, num País tão pequeno dividir o Sindicato em pedaços ainda mais pequenos me fez, e continua a fazer,  alguma confusão. Será do interesse de alguém, numa estratégia de "dividir para reinar", procurando, assim, enfraquecer uma Classe com um potencial reivindicativo assinalável ?

Já senti na pele as limitações impostas por esta divisão. Há alguns anos,  foi-me recomendado que passasse a usufruir,  juntamente com a minha  saudosa Esposa, de assistência permanente num complexo residencial para a terceira idade, em  Azeitão, propriedade dos SAMS, Serviços de Assistência Médico-Social. As condições eram muito boas. No entanto, o acesso  a esses serviços foi-me vedado com a justificação de que apenas se destinava aos  sindicalizados do Sul. Eu, por me ter reformado quando exercia funções na região Norte pertencia ao respectivo Sindicato. Outras limitações são por vezes impostas, nomeadamente ao nível das comparticipações dos exames e tratamentos de cariz médico.

O Secretário Geral da FEBASE prevê para o futuro a criação de  um Sindicato único. Sem ser um especialista afamado nesta matéria,  parece-me a opção mais lógica e acertada. Numa época de crise económica e financeira,  em que os próprios bancários se tornam vitimas inocentes da hecatombe especulativa, é vital promover a união destes trabalhadores, proporcionando uma base de luta e reivindicação de direitos mais unida e, consequentemente, mais forte.

A dado ponto, na entrevista referida, é perguntado ao Senhor Rui Riso qual a vantagem do Sindicato Único, ao que ele respondeu:

"Terem um Sindicato mais  forte, porque mais representativo. Há sinergias que acabam por não ser aproveitadas exactamente por haver cinco sindicatos. [...]
 E dada a importância do sector financeiro no sindicalismo em Portugal o seu fortalecimento conduzirá também ao fortalecimento da actividade sindical portuguesa."

Com um sindicato único, todos beneficiariam. Porquê teimar em manter a actual situação ?

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Episódios em África (Angola antiga)...

Isto funciona (a memória) ainda, como os motores antigos da marca Ford, em que, para se pôr o veiculo em marcha, era necessário, antes, dar muitas voltas à manivela que se introduzia num encaixe abaixo do motor, e, só após grandes esforços é que ele pegava... quando pegava !


Muitos anos antes de ter sido chamado para a tropa, a vida juvenil, era tão desigual à que se observa actualmente, pois nessa altura não havia nem telemóveis, coca-colas, sapatos abrilhantados, garrafas de -nosrefrigerantes, etc. etc., mas, mesmo assim, aventurávamo-nos a percorrer, por caminhos inóspitos, quilómetros e quilómetros, pela selva dentro, para defrontarmos peças selvagens, como leões, pacaças, hienas, elefantes, jacarés, não para caçarmos mas... para  obtermos cenários, afim de serem  fotografados e, mais tarde, com o aparecimento de instrumentos apropriados, serem  filmados.

É dessa época que ainda preservo algumas lembranças, pelo que farei os possíveis para que o tempo não as vá ceifando.












Ainda jovem, o culto religioso sempre me acompanhou, mesmo nos momentos trágicos, como o que a seguir tento relatar (de forma dialogante):-

Eu:
- ..." Zé (ocultando os nomes próprios), já encheste o depósito de gasolina na carrinha, e não te esqueças de trazer os bidons para o que der e vier ?...
-"Sim, pá, e podemos arrancar já, com a malta que nos acompanha", (eram dois amigos que nos faziam companhia, sempre, em todas as viagens).

Arranquei, ao volante, ainda a débil vela da madrugada estava colocada no parapeito do horizonte selvagem, quando, mais à frente, com  muitos quilómetros já percorridos, devido talvez aos saltos e caminhos barrentos que nos faziam pular dos nossos assentos, o motor foi-se abaixo e o carro  parou em cima de um terreno muito barrento, dificultando a sua deslocação, mesmo empurrada à custa dos nossos braços.

Os nosso esforços para pôr o veiculo novamente em circulação foram  em vão, pois  as rodas estavam  extremamente atulhadas, intensamente, na lama barrenta, provocada pelas chuvas..

Que fazer numa situação destas em que não  havia  socorros ? E a tarde, já se aproximava, com indicios de que haveria, em breve, forte trovoada !

Empurrar a viatura, não era possível, atendendo as condições em que se encontrava paralisada e atulhada.

E a tempestade lá se vinha aproximando, e o nosso medo, de ali pernoitarmos, sem sermos socorridos, era aterrador. Até que, tive uma ideia, que um Amigo veterano em viagens deste tipo, me ensinara em tempos passados:

-Assentar uma das rodas numa superfície plana, usando capim ou uma tábua e assentando um elevador - "macaco"-  nessa base plana, elevar ou fazer subir a roda de maneira que fosse possível faze-la rodar, e, foi assim, que com  um empurrão na roda, circulando-a, à força, que  se conseguiu que o motor pegasse e



... ufa, lá nos safámos e, já noite, viemos a pernoitar numa cubata, na qual fomos bem recebidos pelos seus habitantes, de quem nos tornámos Bons Amigos !


                                                              

África antiga, era assim...

Rumo às mais valias...

Na capa da revista Febase nº 29, de Janeiro de 2013, vem publicada, em toda a sua extensão, uma fotografia das Ilustres Personagens que, actualmente, constroem (?) o destino governativo a dar  ao  nosso glorioso País - PORTUGAL.

Com todo o respeito e a devida vénia, insere-se neste blog, a dita fotografia, que, devido às condições da maquina impressora que a reproduz, contém certas deficiências de "tecnicismo doméstico", por parte de um  "operador" pouco experiente nesta matéria de composição fotogénica.


Mercê de circunstâncias "maléficas" que estão "fragilizando" o nosso globo terrestre, como a  famosa "crise", em que milhares de empregos se perderam, ou nem se chegaram a criar, em  que até se suspenderam grandes empreendimentos a aguardar "melhores dias" para a sua conclusão, há que renascer a esperança que mãos firmes e não hesitantes, conduzam um rumo a dar ao Pais, mediante uma boa e saudável gestão.

Mantenha-se a esperança no magnificado no canto (o segundo) dos LUSÍADAS, em  que Camões, cantara, em versos, quando se referia às grandes capacidades de que desfrutam os Portugueses, quando enfileirados em dar de "corpo e alma" ao que, respeitosamente, transcrevo:

 
" ...E aqueles, que por obras valerosas 
Se vão da lei da morte libertando;
Cantando espalharei por toda parte
Se a tanto me ajudar o engenho e arte."
                           

Viva Portugal !...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Riqueza espezinhada...

Diz-me um Amigo que o Governo dos Estados Unidos da América gasta anualmente, em armamento e intervenções de cariz militar,  mais dinheiro do que em todo o programa de exploração espacial da NASA desde o seu início, na década de cinquenta. De facto, é mais fácil destruir,  matar, torturar, que construir e descobrir coisas novas e que poderiam beneficiar todos e não apenas os senhores da guerra.

Diz-me ainda este Amigo, que a crise é uma, quase, encenação, no sentido em que serve apenas para esconder a verdadeira magnitude do problema e a incompetência e corrupção generalizada que corrói o sistema financeiro mundial.

Vejo as crianças que parecem ter fome e pergunto, porquê ? Vejo as pessoas tristes e interrogo-me. Vejo o corrupto a enriquecer e nada lhe acontecer. Vejo a injustiça nos descriminados e naqueles que, ao longo da sua vida, foram alvo de acontecimentos que lhes toldaram a existência, sem que, para isso, jamais tivessem contribuido.

A riqueza parece (está) mal distribuída. Simultaneamente é, essa riqueza, espezinhada e deitada ao abandono, como se para nada servisse. Gastam-se milhões apenas para encher os bolsos de alguém, ficando o bem comum esquecido nalguma gaveta.

Chegou ao meu conhecimento uma reportagem da SIC NOTÍCIAS relativa aos empreendimentos  DE LUXO, no Algarve, positivamente abandonados, tal e qual cidades fantasmas, depois de investidos muitos milhares de milhões de Euros. Alguns desses empreendimentos nunca chegaram a abrir. Outros abriram e fecharam um ou dois meses depois. Milhares de empregos perderam-se ou nem se chegaram a criar.

Noutros tempos o Estado, quiçá com uma mão mais firme e não  hesitante e titubeante sobre o rumo a dar ao País, pegaria neste "petróleo à algarvia" e extrairia daí os dividendos que uma boa gestão inevitavelmente traria. Como é possível deixar apodrecer infraestruturas que, numa região de  elevadíssimo potencial turístico, como é o Algarve, constituem uma inegável mais valia ? Não há um iluminado que tenha a capacidade para ter uma ideia construtiva sobre o que fazer com algo que até já está construído ?

Em Portugal fala-se e debate-se muito. Mas, frequentemente, faz-se pouco...


domingo, 20 de janeiro de 2013

..À lupa...(a 3ª idade)...

Sim, agora, só com a ajuda  de uma lupa é que se consegue descortinar, nas velhas bobines, os  belos momentos que eram  filmados através de uma máquina de filmar à antiga e em que as películas tinham que  ser enviadas para França a fim de serem reveladas.










Numa época em que os campos de futebol ainda  não eram ajardinados e se jogava em terrenos arenosos,  já me atrevia a filmar com uma "maquineta" que, com o tempo, se foi desfazendo e desmantelando....



Nunca abracei o profissionalismo de repórter, nem o de jornalismo, os quais são tão necessários e indispensáveis como "o pão p`ra boca" mas tive oportunidades de colher, esporadicamente, imagens históricas, como, por exemplo, a da edificação das Torres Gémeas, em Nova York, já desaparecidas, como se sabe...

Aos 85 anos de idade, já pensando na  "cova" que me espera, certamente em breve,   ainda vou tentando obter  a colheita de imagens, através da "arte cinematográfica", moderna, tão desenvolvida nos últimos tempos, a fim de as poder compartilhar com os prezados leitores(as) dos meus singelos "blogues"...
          
                                                                   Eis uma "mistura"...
Ex -Torre Gémea- N.Y




O autor -no seu cantinho...