segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Riqueza espezinhada...

Diz-me um Amigo que o Governo dos Estados Unidos da América gasta anualmente, em armamento e intervenções de cariz militar,  mais dinheiro do que em todo o programa de exploração espacial da NASA desde o seu início, na década de cinquenta. De facto, é mais fácil destruir,  matar, torturar, que construir e descobrir coisas novas e que poderiam beneficiar todos e não apenas os senhores da guerra.

Diz-me ainda este Amigo, que a crise é uma, quase, encenação, no sentido em que serve apenas para esconder a verdadeira magnitude do problema e a incompetência e corrupção generalizada que corrói o sistema financeiro mundial.

Vejo as crianças que parecem ter fome e pergunto, porquê ? Vejo as pessoas tristes e interrogo-me. Vejo o corrupto a enriquecer e nada lhe acontecer. Vejo a injustiça nos descriminados e naqueles que, ao longo da sua vida, foram alvo de acontecimentos que lhes toldaram a existência, sem que, para isso, jamais tivessem contribuido.

A riqueza parece (está) mal distribuída. Simultaneamente é, essa riqueza, espezinhada e deitada ao abandono, como se para nada servisse. Gastam-se milhões apenas para encher os bolsos de alguém, ficando o bem comum esquecido nalguma gaveta.

Chegou ao meu conhecimento uma reportagem da SIC NOTÍCIAS relativa aos empreendimentos  DE LUXO, no Algarve, positivamente abandonados, tal e qual cidades fantasmas, depois de investidos muitos milhares de milhões de Euros. Alguns desses empreendimentos nunca chegaram a abrir. Outros abriram e fecharam um ou dois meses depois. Milhares de empregos perderam-se ou nem se chegaram a criar.

Noutros tempos o Estado, quiçá com uma mão mais firme e não  hesitante e titubeante sobre o rumo a dar ao País, pegaria neste "petróleo à algarvia" e extrairia daí os dividendos que uma boa gestão inevitavelmente traria. Como é possível deixar apodrecer infraestruturas que, numa região de  elevadíssimo potencial turístico, como é o Algarve, constituem uma inegável mais valia ? Não há um iluminado que tenha a capacidade para ter uma ideia construtiva sobre o que fazer com algo que até já está construído ?

Em Portugal fala-se e debate-se muito. Mas, frequentemente, faz-se pouco...


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