sábado, 26 de janeiro de 2013

"Verdades incontornáveis"...



 Nota prévia - Esta publicação foi inspirada num artigo inserido na Internet, que saiu sob o titulo "Os retornados, uma opinião e estudo que circula na internet".



Começo por transcrever o final da referida publicação, pois dada a extensão do referido  artigo, apenas se pretende dar relevo a questões que, eventualmente, possam vir, ainda, a merecer algum  interesse.

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..." Cremos que estes números,  extraídos de fontes absolutamente insuspeitas, serão suficientes para desfazer  certas ideias que, infelizmente, ainda de tempos a tempos afloram em certos meios e em determinadas ocasiões, acerca dos Retornados do ex-Ultramar.
Na verdade,  e a despeito das desgraçadas condições em que se desenrolou o seu regresso à Pátria de origem ou de opção - o fluxo dos retornados constituiu na realidade um indiscutível e precioso factor  de valorização da sociedade portuguesa."

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 (E voltando ao inicio do texto, mas transcrevendo-se apenas o que se pretende evidenciar, com base na referida  publicação):

..."Uma das ideias feitas que  ainda hoje subsiste no nosso País, é a de que os "retornados do Ultramar" constituíam uma legião de indivíduos que vieram agravar de várias formas o já de si deplorável estado da sociedade portuguesa à data da Descolonização."

..."Paralelamente, as manipulações da opinião pública foram cessando, e estudiosos atentos e imparciais debruçaram-se sobre a realidade - e os retornados do ex-Ultramar surgem aos olhos da opinião pública e dos seus concidadãos em geral, como aquilo que na realidade são.

Para esboçar esse retrato do retornado  socorremo-nos de um valioso e insuspeito estudo realizado por um grupo de universitários, prefaciado por uma brilhante Secretária de Estado de um dos Governos pós 25 de Abril, editado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento,  para neste momento e neste local,  traçarmos um RETRATO DE CORPO INTEIRO  dos retornados, e da sua contribuição para a revitalização da sociedade portuguesa..

..."Com a entrada dos retornados, a sociedade portuguesa foi subitamente enriquecida com mais de 5.000 mil  engenheiros e técnicos dos mais elevados graus e ramos da engenharia civil e de minas, de industrias transformadoras e outras; cerca de 1.800 biólogos,  agrónomos,  investigadores dos ramos fisico-quimicos e similares; quase 13.000 professores e outros docentes de todos os ramos de ensino, desde o primário ao universitário;325 navegadores, pilotos e outro pessoal especializado da navegação aérea e marítima; cerca de 16.000 quadros de serviços administrativos e outros, desde estenógrafas a operadores de informática."

..."A construção civil,  cuja maior força de trabalho tinha emigrado para os países da Europa,  foi enriquecida com  13.000 pedreiros, carpinteiros e outros profissionais dos mais diversos ramos"

..."As industrias transformadoras  foram enriquecidas com mais 12.000 operários especializados, desde os ramos têxtil ao da alimentação e bebidas, da mecânica fina ao mobiliário."

..."O sector dos transportes viu-se repentinamente valorizado com a entrada de mais 13.000 condutores de veículos pesados e de transportes públicos.

..."Porém  e talvez mais importante ainda que as suas especializações profissionais, os retornados trouxeram à força de trabalho do País a contribuição valiosíssima da disciplina, da produtividade, da assiduidade, que rapidamente os distinguiram ( e não raro os tomaram  detestados...) num ambiente em que apenas se falava de postos de trabalho... mas não se trabalhava; em que o absentismo ascendeu a taxas inconcebíveis, em que os locais de trabalho se transformaram em centros de organização de manifestações apropósito de tudo e de nada". (SIC)

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Foram assim transcritas, partes, do que vem publicado no programa da Internet.

É certo que os tempos actuais já são outros, com oscilações governamentais de permeio e legislações alternativas. As coisas mudaram, consideravelmente, a partir de então, com profundas alterações.

Daqueles retornados que regressaram de Angola, crê-se que um pouco mais de metade eram nascidos ou oriundos de Portugal e os restantes eram portugueses já nascidos nas então províncias ultramarinas.

Na discriminação etária  verificou-se que a maioria dos retornados tinha, na altura menos de 40 anos, de idade, pelo que, se supõe, ter a maioria, agora, uma idade atingindo os 70/80 anos, ou mais !....

Sem constituir presunção alguma, nem preciosismo despretensioso, uma verdade é certa. No tocante à actividade laboral, em determinada altura em que se desentendiam os detentores de postos administrativos, sobretudo em empresas de grande envergadura, aqui em Portugal, a escolha acertada para pacificação e disciplina nocampo financeiro, que estava entregue a uma Instituição Bancária, recaiu num "Retornado Bancário" vindo de Angola - O escolhido foi precisamente o autor deste blogue, possuidor de um bom e comprovado curriculum  laboral !











 



Nota final:
Presentemente, o Autor (bloguista destes artigos) já é Reformado da Banca, há longos anos, e aguarda que DEUS se lhe aproxime, no dia em que terminar, para ele, que o sol se vá dos  lagos, das colinas e que seja conduzido aos Céus, para o Descanso Eterno, ao toque do ... SILÊNCIO  !...

 Tá?!...

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