O Hino Nacional "Angola Avante",
"Um só Povo uma só Nação"
é entoado, na grande Angola, após a sua Independência e consequente "separação" do País que a engrandeceu, durante vários séculos, Portugal, substanciado pelo esforço e dedicação à terra dos que lhe prestaram um contributo insofismável - os Trabalhadores de igual criatividade e de qualquer ordem epidérmica...
Brancos, Pretos, Mestiços ou Outros !..
Em minha memória, permanece eternamente o respeito pelas pessoas que repousam neste Cemitério, as portas de Luanda (Angola), falecidas (e que já cá não devem estar), pois é mais que centenário o toque do sino, à entrada, quando anunciava mais um enterro, de alguém que amávamos... tal como Minha própria Mãe, que aqui repousa, após uma doença, incurável, na época...
Paz às suas Almas ...
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Relendo uma edição dedicada a Angola, de 2010, "Nova Angola", intitulada "A imagem de um País novo". Na pág. 95 vem inserido o seguinte: "De acordo com o ACNUR mais de 100 mil angolanos vivem ainda no estrangeiro, como refugiados, enquanto que outros 500 mil já regressaram a Angola..." e na pág. 45, o seguinte reconhecimento: ... "que da parte angolana há alguns constrangimentos que a lei angolana impõe à concessão de vistos de múltiplas entradas...".
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Nascido em Angola (Luanda), onde trabalhei e exerci cargos de elevada responsabilidade, em empresas nacionais, bancárias e estrangeiras, sempre com dignidade, honra e comprovada competência laboral. Dias antes da data de independência de Angola, tive necessidade de me socorrer de actos clínicos, que só existiam em Lisboa, para onde fui urgentemente transferido, e, por tal circunstância, não me foi possível estar presente ao içar da nova bandeira de Angola.
Por razões que desconheço, tanto mais que no meu último registo criminal ,emitido em Luanda, nada consta e na parte politico/partidária, fui sempre muito bem acolhido e aceite, sem quaisquer crispações, após uns dias da independência, fui informado que todo o recheio deixado na minha residência, em Luanda (quando parti para a Metrópole) fora totalmente destruído. Familiares meus foram testemunhas, posteriormente, do que se lhes deparou, perante as destruições cometidas, certamente por anónimos..
Vicissitudes que surgiram após tais acontecimentos, na altura, Março de 1982, Em contacto com a Embaixada da República Popular de Angola, em Portugal, foi-me transmitido, epistolarmente, pelo Embaixador, Adriano João Sebastião, que eu "possuía todas as possibilidades de regressar à terra Natal bastando, para tanto, uma decisão firme e sem influencias, de minha parte". Acrescentava ainda que "não havia condições prévias para o regresso de angolanos à República Popular de Angola". No entanto, informava que a minha carta fora enviada ao Ministério das Finanças da República Popular de Angola.
Pois, subscrita pelo mesmo Embaixador, em Julho do mesmo ano, fui confrontado, surpreendentemente, pois não encontrava quaisquer motivos de impedimento, com um ofício com teor do seguinte texto:
"Serve a presente para comunicar a V. Excia que a sua oferta de prestação de serviços na República Popular de Angola não foi aceite."
Vá-se lá saber porquê... e, já perto do final da vida (85 anos) irei para a cova com as mesma dúvidas! Pois, que me lembre, nunca fiz mal a ninguém...
Tá?!...
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