segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O Siroco - Mil histórias....

 Queridos e Estimados leitores,
 Um Bem-haja a Todos. 

Correspondendo ao desejo e interesse manifestado por um elevado número de Leitores, quais as razões que conduziram ao desfecho, desastroso, do caso dos apartamentos Nau,do conjunto residencial  SIROCO,  reportado em  blogs  anteriores, a estes, venho tentar satisfazer tal curiosidade, pelo que recorri a fontes dignas  para  que me auxiliassem a satisfazer tal desejo.

Assim, procuro, o melhor possível,  por escrito,   dar "corpo" ao que  sucedeu, naquela época, com  a devida ressalva de possível e involuntária omissão.

Geograficamente, o SIROCO tinha (e tem) , a composição reflectida  na  figura acima.
Contudo, de notar, que o Posto da GNR , mais tarde, foi demolido e transferido para outra localidade.
Dados históricos, que se extraem, directamente, de uma publicação jornalística::

"O conjunto de apartamentos SIROCO, composto pelos blocos Galeão, Caravela e Nau, foi começado a edificar antes de 1974.  Contudo, as obras do bloco Nau ainda não estavam completas quando veio o 25 de Abril e o complexo foi ocupado na totalidade pelos Retornados  das ex-colónias numa operação liderada por indivíduos ligados  ao partido Comunista. Os proprietários desapareceram do mapa, fugindo para o Brasil ou deixando as coisas seguirem o seu processo natural.  O que é certo é que ao longo dos anos os ocupantes iniciais viriam a abandonar o complexo que seria beneficiado.
Mais recentemente começa a surgir como procurador dos proprietários originais o advogado  Dr.. Dias Marques, professor universitário e jurista conceituado na área do  Direito Civil, sendo seu representante em diversas vendas de apartamentos.  Dias Marques era o proprietário de alguns dos apartamentos turísticos,  tendo feito diversas concessões de exploração a empresários do ramo. Ultimamente o explorador era Momade Bachir Rentula, cidadão indiano residente em Almada, que havia passado a gerência a um Senhor Águas no inicio, foi o recebedor da notificação do Governo Civil de Faro.   Na cidade de Olhão circulava uma versão de que alguns dos apartamentos teriam sido vendidos pelo senhor Águas, aparentemente em representação do proprietário, mas que este individuo teria ficado com as verbas resultantes das vendas e abalado durante o fim de semana para Angola. Com os compradores tinha sido estabelecido um prazo já ultrapassado, para entrega dos apartamentos.  Alguns dos apartamentos pertenciam ao proprietário de um dos clubes mais conhecidos da noite olhanense.
Suspeitava-se ainda de que teriam sido os proprietários a provocar a emissão do despacho de encerramento para que o bloco Nau fosse evacuado. Dias Marques abandonou o empreendimento após a actuação da P.S.P.,  sob protecção policial,  na sexta-feira à noite preferindo aguardar o desenvolvimento da situação na sua residência de Lisboa.  Diversas  tentativas para o contactar resultaram infrutíferas.
O tal senhor  Águas surge como o principal animador do complexo, aproveitando-se da limpeza efectuada por Momade Rentula no final de 1991  durante a qual todos os inquilinos que não pagavam a boas horas foram expulsos,  e admitindo hóspedes de proveniência duvidosa angariados  nos bares e boites de Olhão.
Em  complemento desta actuação o sr. Águas havia aproveitado para aumentar a renda diária para três mil escudos Registe-se que a sua cobrança era efectuada diariamente.
Algumas das hóspedes contactadas referiram auferir ordenados de 150 a 180 contos mensais nos bares onde trabalhavam, verbas provenientes do seu vencimento  diário de 1.500 escudos e comissões.
Por outro lado os agregados familiares envolvidos eram bastante numerosos, a generalidade das crianças frequentava a Escola primária local e não dispunham de habitação alternativa 
A generalidade das arrendatárias abrangidas pela decisão do encerramento não ficaram caladas e respondiam em abaixo-assinado, ao conteúdo da peça apresentada  pela televisão pública
A principal visada nesse documento foi a face visível dos proprietários queixosos, que era detentora de três apartamentos no bloco Galeão e de um no bloco Nau. Um  pedido de explicações, a meio da noite, teve como resultado  mais evidente uma troca de palavras tumultuosas e com agressões de parte a parte. Porem, durante a madrugada o marido de Maria do Nascimento Valente  ainda perseguiu na rua as autoras do abaixo-assinado, munido de uma arma caçadeira, causando escoriações diversas no tronco e membros superiores de uma das mulheres.

Face às declarações proferidas pela senhora D. Maria do Nascimento Valente,  ao  Telejornal das 20 horas do dia 25 de Setembro de 1992 da RTP Canal 1 e 2 , em documentoas abaixo assinadas sentiram-se ofendidas pela forma como foram apelidadas de prostitutas e viventes no meio de droga, que profundamente ofenderam a dignidade dos residentes do complexo residencial Siroco e não só os residentes do edifício Nau.  Foi declarado (e gravado) as graves acusações de que no edificio Nau se praticava prostituição a partir de uma  certa hora da madrugada,  com entrada e saída de homens mas para encontros com as prostitutas, num prédio onde a administração do condomínio há muito tentava acabar com o negócio da droga.
(Datado de 28 de Setembro de 1992, as assinaturas das "abaixo assinada",  no protesto às declarações proferidas por D  Maria do Nascimento Valente - segundo fontes constatadas - constavam-se  os nomes de Ana Paula Martins Pires, Maria Laurentina Pereira Macedo, Maria Fernanda Monteiro Ferreira, Paula Cristina da C.P.R.V., Susana Ferreira da Silva, Anabela Margarida Simões, Cidália Rosa da Silva Duarte, Isilda Maria  Malgrand Príncipe de Campos Melo, Maria do Céu Guimarães Teles, Carla Elizabete  Guimarães Teles, Maria do Céu Pereira Rodrigues e Maria do Céu dos  Reis Graça).

Soube-se que após a notificação do responsável da gerência, o estabelecimento foi encerrado na ultima segunda-feira, tendo permanecido alguns hóspedes cuja situação seria analisada individualmente e na certeza de que não seriam admitidos novos hóspedes. A generalidade dos inquilinos preferiram não enfrentar as forças policiais e procuraram habitação provisória em
 Olhão ou junto de familiares em outras localidades

A zona esteve sob vigilância apertada da Polícia de Segurança Pública e da Judiciária de Faro.

Restantes capítulos da cruzada movida por Joaquim Cabrita Neto contra os estabelecimentos turísticos  que não respeitassem a lei vigente e os critérios de qualidade exigidos pelo bom nome internacional da região do Algarve,  foram os que poderão ser  analisados  nos blogs anteriores ao presente trabalho

Foram estas as explicações  adicionais  obtidas de  fontes jornalísticas, relacionadas à época, e,  na oportunidade, a própria Televisão emitiu programas especiais,  através  dos quais se ouviram "palavrões" gravemente ofensivos


O autor deste programa "bloguista",  na data das confusões que decorriam entre os intervenientes  que  se " assanharam "  com o fim  atingirem os seus  "subornáveis" e  aliciantes objectivos , manteve-se sempre afastado  e longe do "temporal",  no seu cantinho de trabalho,  pois nada tinha a ver  com  a "porrada" que se desencadeara entre os  ambiciosos  e insatisfeitos  proprietários  residentes e as " forças  de  "índole" feminina, que se desencadeara, por vezes incompreensíveis e absurdas,  por não se apoiarem em trâmites legais..

Entrada da Nau...

O autor, no seu modesto cantinho  junto ao computador...
E  para  entretenimento  das jovens  nétinhas,  tínhamos  coelhinhos e gatinhos encantadores.
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Tá!...

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