sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Quem te avisa, teu amigo é...

É costume dizer que o perigo espreita a cada esquina. Hoje,  mais do que nunca. Para além das esquinas e dos becos da vida real temos  agora igualmente que atentar às armadilhas do mundo virtual que facilmente se concretizam em tragédias reais. Com  frequência  ouvimos histórias  de crianças e adolescentes que,  dependentes de um mundo virtual,  se deixam envolver por essa irrealidade,  caindo em situações que chegam a fazer perigar a sua própria vida.  Infelizmente começa a ser vulgar o relato de que o / a jovem desapareceu para se encontrar com alguém que conheceu na Internet mas que nunca viu na realidade.

É fácil forjar identidades falsas num  meio como o que é disponibilizado na Internet. Bastam meia dúzia de fotografias,  algumas mensagens engraçadas e está lançado o  isco. Se a isto juntarmos o desconhecimento e a incúria dos Pais,  temos um potencial de perigo de elevado grau. É fácil enganar um ou uma adolescente que na sua ingenuidade acredita na realidade do irreal.
Imagens encontradas no perfil do facebook de uma criança

Penso que as gerações actuais,  crianças com menos de quinze anos, não se apercebem da verdadeira riqueza do que têm entre  mãos. Quando eu tinha a idade deles e estava igualmente na escola,  se precisasse de executar algum trabalho ou alguma pesquisa,  tal era coisa para levar pelo menos um dia inteiro: era  ir à biblioteca,  procurar o livro ou livros adequados,  esperar que eles estivessem disponíveis,  procurar a informação  pretendida,  seleccionar o mais importante e,  finalmente,  transcrever,  manualmente,  essa mesma informação. Hoje tal parece ridículo e algo verdadeiramente impensável. Para pesquisar sobre um dado tópico basta ligar um computador,  aceder à Internet (disponível em todo o lado) e inserir no Google duas ou três palavras chave que proporcionam acesso imediato a milhões de fontes de informação, tudo à velocidade da luz. Nascidos nesta  era digital, rodeados de tecnologia,  os jovens parecem não  perceber a poderosa ferramenta que lhes coloca o saber na ponta dos dedos. Essa inconsciência resvala facilmente para  o desleixo que resultam numa insegurança frequentemente  negada por Pais e Educadores,  apenas porque é mais fácil ter as criancinhas entretidas à frente de um monitor,  sem chatearem muito. E depois,  lá acontecem desgraças.

A Internet é um mundo. Como tal,  cheio de perigos. Estejam atentos, não deixem os vossos  filhos abandonados neste mundo virtual,  tal como não os abandonariam neste mundo real.

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