A vida, nos dias que correm, apresenta-se-nos com os mais diversos desafios que se transformam em dilemas que podem levar à tristeza e desespero.
Rodeados de tecnologias que há meia dúzia de anos eram apenas um sonho de um qualquer cientista louco ( é ver os jovens, quais zombies, de olhos pregados nos telemóveis a comunicar com quem está longe mas a ignorarem quem está a seu lado) imaginamos um mundo de ilusão em que podemos fazer tudo. A realidade é, porém, bastante diferente. A tecnologia, apesar de tudo o que de bom nos traz, envolve-nos, consumindo de forma cruel o tempo que imaginávamos nosso.
Entretidos com o acessório, esquecemos o importante. Ainda que inadvertidamente, deixamos de dar importância devida a quem a merece, de dispensar uma palavra, um gesto ou apenas um sorriso a quem deles precisa. Sem darmos conta, tornamo-nos escravos de uma vivência que de vida nada tem. Imaginamos o tempo contado quando ele é na verdade infinito. Há apenas que geri-lo doutra forma, tendo a noção da realidade real, por oposição à realidade que é virtual.
É necessário que deixemos de adiar aquilo que não faz sentido adiar. Porque um dia pode ser um dia tarde demais...
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