O vigor dos meus activos oitenta e seis anos de idade, não pode ir além, e exceder o manejo das teclas que movimentam o velho computador, posto à minha disposição, para "manobrar simples blogs" informáticos.Os 86 anos de idade, vividos sempre com dignidade, chegam ao ponto de nos tornarmos "cativos" de uma clausura que impede confrontar-nos com temperaturas altas, constantes no periodo do verão. E ficamos em casa aguardando que os ponteiros do termómetro não ultrapassem os vinte graus centigrados.
Olhão, terra de Boa Gente trabalhadora, activa, em que os Pescadores contribuem, nas sua faina, a dar vida, com o seu belíssimo pescado, no engrandecimento e progresso na actividade turistica.
Também existem heróis, mesmo em humildes localidades, cujas façanhas passam, por vezes, despercebidas. A que vou relatar, porém, teve um impulso universal, pela sua incredualidade, e, enquanto me foi possível, desloquei-me em tempos, para dialogar pessoalmente com uma das testemunhas que protagonizou tal efeito histórico, e que dizem ser ainda a que se mantém viva.
Ja reproduzi um breve historial reportado em livro, doméstico, sobre esta história, recorrendo a fontes que considerei credíveis, descrevendo a viagem empreendida por José Belchior, da ilha da Culatra, até Porto Seguro, no Brasil, 51 anos decorridos desta Odisseia.
Este jovem e grande lutador, Culatrense, numa "casca de noz" com 6,5 mts. chamada "NATÁLIA ROSA" aventurou-se por esse Oceano Atlântico, como se de uma normal ida de Ohão à Culatra se tratasse.
Foi em 1500 Álvares Cabral numa Caravela ...
Foi em 1808 os bravos olhanenses, no caíque "Bom Sucesso" dar a noticia ao Rei D. João VI, exilado então no Brasil, da expulsão dos franceses invasores da nossa terra portuguesa.
.
Segundo os dados colhidos em fontes diversas, Belchor, com uma pequena bússola e as estrelas (01.10.58) ali chegou ao Brasil a 01.10.1959 !
E que dizer, espantosamente, de sua Mulher Felismina Inês, que o acompanhou, já grávida, nessa gloriosa viagem ?...
Uma empolgante aventura que, por razões de um "Amor Proibido" (que só a eles diria respeito) mereceria uma reportagem cinematográfica, que esgotaria, certamente, lotações onde fossem exibidos tais filmes...
Observem:
Manél da Bateira, entrevistado pelo Autor deste blog, lembrou-nos a epopeia marítima vivida há largos anos, nesta sua terra, Culatra, em que o seu amigo Bélchior fugiu para o Brasil, num pequeno barco, levando consigo a amiga Felismina Inês, por razões amorosas, cujas viagem, na altura, foi manchete em toda a imprensa mundial.
Entrevista entre o autor (Armando) e o entrevistado (Mnél da Bateira)-Culatra |
Fim.
Tá?!...
Vivam Todos...
Sem comentários:
Enviar um comentário