Agitase-me , sempre, o sangue nas veias, sempre que ouço pronunciar, ou ler, algo que diga respeito, ao torrão Natal, que me viu nascer em 1928, do qual , por circunstancias adversas motivadas pelo frágil sistema de saúde, tive que acenar um inesperado adeus de despedida, a Angola, acolhendo-me a serviços médicos especializados, só existentes em Portugal.
Soou-me aos ouvidos que iria ser posta à venda, uma recente obra literária , cujo autor Celso Filipa, assinalou com o titulo "O PODER ANGOLANO EM PORTUGAL- Presença e influência do capital de um País emergente ".
Comprei-o e, mesmo antes de chegar à leitura da ultima página, não resisto à tentação de vir "escrevinhar" , reproduzindo uma parte que no texto, no livro, vem inserida ( com a devida vénia, e respeito)
..."Neste contexto de criação de uma elite financeira e empresarial angolana, as palavras e os actos de José Eduardo dos Santos funcionam como faróis, iluminando o caminho de quem o rodeia validando ou interrompendo estratégias..."
.." Nascido no bairro de Sambizanga, Luanda em 28 de Agosto de 1942 José Eduardo dos Santos chegou à Presidência da Republica de Angola em Setembro de 1979. Ao longo destas décadas, tem mantido um perfil discreto, vigia as possíveis intrigas e gere duas sensibilidades dominantes no seio do MPLA . Uma que olha para Portugal com desconfiança e preferia um corte radical com a antiga potência colonizadora. Outra que argumenta que os portugueses são os parceiros indicados para ajudar Angola a suprir as dificuldades existentes na qualificação dos recursos humanos e ajudar ao desenvolvimento do país. Os portugueses são qualificados e têm grande capacidade de integração, ao contrário dos chineses que chegaram aos magotes a Angola no âmbito da parceria entre os dois países. Os chineses são ditatoriais nas empreitadas que têm a seu cargo, as obras têm pouca qualidade do ponto de vista técnico, oferecem poucas condições aos trabalhadores e as normas de segurança, na maioria das vezes, não são cumpridas "...
Faço, aqui, uma paralisação , quanto à continuidade da leitura , até final do livro, reservando-me, porém, para, que, à medida que forem emergindo novas situações "interessantes", encorpara-las em futuros e eventuais blogs.
Tá?!
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