Pelos vistos, começou a haver entendimento quanto ao rumo mais acertado e coerente, que se desejava viesse a ser acordado.
Pesquisando o rol de "acontecimentos" que pela via dos "facebooks", na Net, são divulgados e vistos através do écran do computador, entristeceu-me o panorama reflectido na imagem que, seguidamente reproduzo, e da qual se ressalta o desespero amargo que sente Carlos Rodrigues, de 55 anos, na sua vida, por contingências relatadas no próprio artigo publicado no Jornal Correio da Manhã.
Só a própria personagem é que pode exteriorizar a dor e o desespero, que sente, por se sentir ignorado e visto por uns com desdém, e, não raras vezes, acontecer que nem uma alma caridosa se aproxima dele para mitigar a sua solidão, podendo até acontecer morrer mesmo sem que ao lado poucos dariam por isso.
Todavia, estou em certa medida em desacordo, quando afirma ser "tratado como um cão" !
Pode, realmente, ter tido as suas razões válidas para que se sinta um injustiçado, vitima de solidão, isolamento, e esquecido de ser ainda uma personagem viva, sobre a Terra. Mas fazer uma alusão de que os cães são mal tratados, não é justo, pois conheço casos e situações em que, num estabelecimento Veterinário, existem animais, incluindo cães, que são tão bem tratados como se fossem seres humanos normais, como Nós somos.. Eis um exemplo...
Cadelita em tratamento.... |
Sensibilizado com o que prevejo sentir o sentimento confrangedor, que não adormece, por parte de quem sofre, em consequência de percalços decorridos, ao longo da sua vida, sei bem
que a dor só é sentida por quem a tem...
Diz-se que vale mais uma imagem do que mil palavras. Por isso, e apenas para efeito comparativo, enquanto a imagem do leito fotografado no primeiro quadro, dá conta de uma cama muito desarrumada, vai já a caminho de cinco anos, que numa manhã, a meu lado, a Morte ceifou o bom convívio conjugal que permaneceu sempre, após um feliz casamento, celebrado em Luanda, no altar da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, com a que mais amei em toda a minha vida - a Santa e Saudosa Alvarina Teresa. Neste leito, o nosso conforto nocturno, foi sempre abençoado por Deus; era Ela quem cuidava de alinhar os lençóis, fazer a cama, arrumar a casa, etc. etc....
Após a sua partida para junto de Deus no Céu, todos estes cuidados domésticos, que, universalmente é as Donas de Casa que lhes compete dar conta, face ao isolamento e solidão que emergiu do dia em que Ela me dissera.."ADEUS ATÉ SEMPRE" passaram, a ser da competência do recente viúvo (Eu-Armando), porque Filhos e Netinhas residiam a muitos quilómetros de distância habitacional.
Há portanto, um tipo de distanciamento, por razões que a própria Natureza nos impõe, pelos quais se diferenciam os ajuizamentos que renascem em certas circunstâncias, relativamente ao tratamento a animais, que, não raras vezes, são a única companhia com quem passamos a lidar, após o dramático silenciar das vozes que deixamos de ouvir para todo o sempre - a suave e bela companhia da estimada e saudosa Esposa...
O doce leito do casal.... |
O casalinho, há anos atrás... |
Armando José - ( viúvo) |
Alvarina Teresa- Repousa lá no Céu Eternamente... |
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