Exemplos de má cidadania. |
Sou cidadão olhanense, não por nascimento mas por adopção, com muito orgulho e gosto. A cidade tem evoluído e melhorado em vários aspectos, como seja a criação de espaços de lazer e convívio para os locais e para quem nos visita. No entanto, não posso deixar de reparar, durante os meus passeios diários com o meu fiel amigo de quatro patas, nas inscrições bárbaras que imundam as paredes dos espaços públicos desta cidade.
Observo, até com alguma admiração as obras de arte que decoram algumas das paredes da cidade, as quais estariam de outro modo despidas e decrepitas. O que não consigo entender são as inscrições ofensivas, sem qualquer conteúdo artístico, que teimam em surgir um pouco por todo o lado. Pior, é o conteúdo ofensivo de tais inscrições, frequentemente disponibilizadas em espaços utilizados por crianças, jovens e famílias em ameno convívio. Mais, muitas dessas inscrições persistem nas paredes há bastante tempo, correndo o risco (perdoe-me a nota humorística) de virem a ser classificadas como pinturas rupestres, tal a sua antiguidade.
Penso que não seria difícil nem demasiado oneroso proceder à limpeza das inscrições, a bem da imagem da cidade relativamente a quem agora, em pleno verão, nos visita, e da sanidade mental e familiar de quem usufrui daqueles espaços públicos. Seria um pequeno gesto mas com grande impacto. Eventualmente, poderia levar à criação de um serviço camarário especializado na remoção destas pinturas murais, tornando-se num foco de empregos. Todos sairiam a ganhar.
Deixaria, por último, a localização de algumas dessas inscrições. Algumas encontram-se no poli desportivo próximo do núcleo da Cruz Vermelha de Olhão e áreas circundantes, bem como o túnel de acesso entre a área de estacionamento da urbanização J. Marcelino & Rosa e a esplanada do Kubo Caffe. Mas não será difícil encontrar muitos mais exemplos espalhados um pouco por todo o lado.
Despeço-me atenciosamente,
Armando José Carmo Ferreira Baptista, um seu munícipe.
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