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Já vai a caminho dos 100 anos... |
Em 1953, no altar da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Luanda, Alvarina Teresa e Armando José, solenemente tinham feito o juramento de que, após a colocação da aliança de casamento, amar-se-iam para toda a vida, até que a morte os separasse.
Família e os Padrinho dos Noivos.. |
Filhos, netinhas e restante Família, erguendo em saudação dos festejados com as taças de champanhe, e eis que surge o Chefe Geral do Restaurante, brindando-nos com uma prenda muito valiosa, afirmando que a mesma já completara muitos anos de armazenamento, por se tratar de um vinho muito especial, que fora oferta, no passado, por parte de um Membro da Família Real .
Muitas voltas e reviravoltas, depois dessa época, vários episódios vieram a surgir, bons, menos bons, e por vezes com maravilhas, como por exemplo, o Doutoramento das queridas Netinhas, que muito nos satisfez.
Surgiu então o dia fatídico, em que, a linda Noiva, e agora já Avozinha (Alvarina Teresa) sentada a meu lado, lançou-me o seu ultimo e cândido olhar, expressando intimamente o seu doloroso "ADEUS... ATÉ SEMPRE "... apagando-se assim, a boa e amorosa convivência que nunca deixou de existir, que motivou não podermos celebrar os próximos sessenta anos de boa harmonia conjugal, que sempre houve... e cumpriu-se o ..."amar-te-ei sempre até que a morte nos venha ceifar"...
A garrafinha tem resistido à tentação de abertura da cápsula que resguarda semelhante preciosidade, até ao presente momento em que estou elaborando o presente blog. Mantém-se resguardada..em local semi-secreto... até que a memória, por parte de um eventual Apreciador de virtuosos Vinhos , venha a ceifar o secretismo há longos anos resguardado em baú que já se encontra bolorento, devido ao seu tempo de espera.....
Tá?!...
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