Há dias em que me sinto uma pequena ilha de racionalidade num mar de alienação e estupidez. Quando me dizem, com o ar mais cândido deste mundo, que a capital de Portugal é Quelfes, quando se mostram surpreendidos pelo facto de que Portugal existe desde mil cento e quarenta e três e que Cavaco Silva, afinal, não foi o primeiro rei de Portugal, fico confuso. Quando vejo crianças a serem castigadas e açoitadas porque não fizeram o que deveriam ter feito mas logo a seguir a rica Mãezinha enfia a "tromba" na revista cor de rosa ou na televisão onde passam as ultimas imagens dos idiotas do momento, não sei o que pensar. Isto de educar exige atenção e não apenas castigos. É preciso apoiar e ensinar através do exemplo. Mas isso dá trabalho, implica abdicar de tempo próprio e de muitas actividades que, alienantes, mantêm muitos felizes na sua ignorância. Eu por mim prefiro a realidade, mesmo que tal implique entender que afinal os dias não são assim tão cor de rosa. Aquilo que nós somos é espelhado nos nossos filhos. É uma verdade incómoda que muitos preferem ignorar... Ou então, afinal não passo de mais um idiota pretensioso com a mania que é alguém...
E pronto, com este desabafo, saído do nada, querendo nada mais do que reflectir no que é a Sociedade de estupidez massificada, em que se tende a acreditar em tudo sem capacidade para criticar e pensar pela própria cabeça. É na verdade o temor por um futuro em que cada vez menos o mérito é valorizado, em benefício da idiotice oportunista. Até depois.
Tá?!...
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