quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Desabafos intrigantes...

Hoje faço destes dedos que martelam, sobre o  envelhecido teclado,  a voz de outro que não eu próprio.  Então, assim segue:

Há dias em que me sinto uma pequena ilha de racionalidade num mar de alienação e estupidez. Quando me dizem,  com o ar mais cândido deste mundo,   que a capital de Portugal é Quelfes,  quando se mostram surpreendidos  pelo facto de que Portugal existe desde mil cento e quarenta e três e que Cavaco Silva,  afinal, não foi o primeiro rei de Portugal, fico confuso. Quando vejo crianças a serem castigadas e açoitadas porque não fizeram o que deveriam ter feito mas  logo a seguir a rica Mãezinha enfia a "tromba" na revista cor de rosa ou na televisão onde passam as ultimas imagens dos idiotas do momento, não sei o que pensar. Isto de educar exige atenção e não apenas castigos. É preciso apoiar e ensinar através do exemplo. Mas isso dá trabalho,  implica abdicar de  tempo próprio  e de  muitas actividades que, alienantes, mantêm muitos felizes na sua ignorância. Eu por mim prefiro a realidade, mesmo  que tal implique entender que afinal os dias não são assim tão cor de rosa. Aquilo que nós somos é espelhado nos nossos  filhos. É uma verdade incómoda que  muitos preferem ignorar... Ou então,  afinal não passo de mais um idiota pretensioso com a mania que é alguém...

E pronto, com este desabafo, saído do nada, querendo nada mais  do que reflectir no que é a Sociedade de estupidez  massificada,  em que  se  tende a acreditar em tudo sem capacidade para  criticar e pensar pela própria cabeça. É na verdade o temor por um futuro em que cada vez menos  o mérito é valorizado, em benefício da idiotice oportunista. Até depois.

Tá?!...

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