quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Parece inconcebível, mas não o foi...

Ventos e tempestades poucas vezes ou nunca registados na história da humanidade ameaçam varrer  do mapa  países  inteiros. Segundo as notícias boa parte da população das ilhas das Caraíbas como Porto Rico,  Cuba e até território americano estão sem electricidade. Ventos de quatrocentos quilómetros por hora fustigam cidades,  destruindo tudo no seu caminho. Alguns especialistas afirmam que podem passar meses, ou mesmo anos,  sem que estas regiões recuperem desta catástrofe. Séculos de história apagados em segundos,  quase como se nunca tivessem existido...

Ao olhar para os velhos documentos do meu arquivo pessoal pareço sentir algo  idêntico: Décadas de trabalho árduo e honesto,  cada vez mais esbatido pelo tempo,  amarelecido pelo passar dos  anos,  hoje esquecido e apenas uma miragem perante a evidência do que  sou e do que já fui. Hoje uma sombra escura do sol brilhante  de há sessenta anos. Esquecido,  abatido, cansado,  como que,  também eu vitimado por um  furacão que quase tudo levou.

Tais pensamentos assomaram quando  dei de caras com a história dos Livros  Selados e a sua evolução ao longo dos tempos.  Estes Livros eram  como Bíblias Sagradas da contabilidade de Bancos e Empresas. Continham o Balanço contabilístico de um ano de trabalho e  o seu manuseio só era permitido a alguns privilegiados, certificados pelas Autoridades Financeiras como sendo  tecnicamente capazes e idóneos  em absoluto,  como garantia da qualidade e veracidade da informação contida nesses Livros. Ora este vosso Amigo foi um desses iluminados,  um dos muito poucos a quem era permitido contactar com tais Livros,  os quais eram mantidos em local quase secreto. Tinha assim  um poder que muitos invejavam  mas poucos logravam conseguir.

Dos primórdios da civilização,  quase tão antigo como  este que vos escreve...

Por contraste,  hoje o poder esvai-se a cada dia,  a memória atraiçoa-me e só os papeis amarelos confirmam aquilo em que poucos acreditam. Felizmente,  senão para além de "Velho Rezingão"também me chamariam de "Velho Aldrabão"..

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Tá?!...

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