segunda-feira, 5 de outubro de 2015

O dia seguinte...

E pronto,  já está. A Coligação PSD/CDS, também conhecida por Portugal à Frente, PàF,  ganhou as eleições legislativas. Apesar de uma legislatura cheia de Troikas e Baldroikas, em que o corte e austeridade foram uma constante, apesar das inúmeras  promessas não cumpridas e de cumprido o que foi prometido não fazer, a  oposição, leia-se Partido Socialista,  foi incapaz de dar a volta ao texto e ganhar as eleições.



Parece que me recordo de que quando o Senhor António Costa tomou o poder  no PS,  correndo com o Senhor António Seguro,  após a vitória do PS nas eleições legislativas,  a justificação terá sido a de que o Senhor Seguro não tinha perfil de líder e que o Partido Socialista não se contentaria em ganhar estas eleições por "poucochinho". No entanto, o que se viu ontem foi o PSD/CDS a ficar a apenas  seis deputados da maioria absoluta.

Onde estavam estes portugueses que ontem reelegeram o Governo ainda em exercício ? Em todas as reportagens e mais algumas que as televisões iam transmitindo era visível e recorrente o desagrado de todos os cidadãos  que eram convidados a exprimir a sua opinião quanto ao estado da Nação. De onde saíram então estes 37% de cidadãos eleitores activos,  não abstencionistas,  que decidiram voltar a confiar em Passos Coelho e Paulo Portas ?

Mais uma vez,  apesar de uma ligeira diminuição, o "Partido" mais votado foi a abstenção, com mais de 43% dos eleitores registados  a não se darem ao incómodo de apanhar com umas gotas de chuva na mona para exercerem o seu direito e dever de voto. Pessoalmente fico a pensar o que  levará tanta gente a não votar e qual a real representatividade e até legitimidade dos Deputados eleitos.

A nível pessoal, gostaria de deixar aqui uma nota  representativa da falta de solidariedade e civilidade da actual sociedade. Quando me encontrava na fila para a minha mesa de voto senti-me,  devido ao tempo excessivo a que fui obrigado a permanecer em pé, prestes a desfalecer,  pelo que tive que solicitar à minha Filha, que me acompanhava,  que me amparasse até uma cadeira sobre a qual  pudesse descansar um pouco. Todos os que estavam à minha volta se aperceberam da minha frágil condição,  derivada dos quase noventa anos,  mas ninguém teve a amabilidade de me ceder o seu lugar na fila para abreviar,  deste modo,  a minha espera. Vivemos numa sociedade em que é cada vez mais  cada um por si. Uns abstêm-se  de votar,  outros abstêm-se de ajudar. E assim vai o Mundo...

Tá?!...

1 comentário:

  1. Espero bem que o PS não se alie ao PSD/CDS, pois votei neles para mudar não para se juntarem ao CDS e continuar este governo. Da próxima voto no bloco...eu e os outros portugueses que foram defraudados pelo PS...

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