quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Um verdadeiro milagre








Rio Cuanza - a 60  quilómetros a sul de Luanda- Angola.

Eram cinco horas da madrugada e, no parapeito do horizonte já o sol se colocava, para nos enriquecer com a sua luminosidade,  num dia calorento, como sao caracteristicos   no Verão africano..
Atrelado ao carro  Morris-1300,. o barquinho (que a foto mostra)  mais  os apetrechos de pesca  ao corrico,  e com o farnel à africana,  e com a inseparável máquina de filmar, perguntei à minha Mulher, tambem amante da pesca, se já estava tudo pronto para partirmos.

-Resposta da minha Mulher, Alvariana, " Sim, já podes dar início a nossa viagem, com destino à foz do rio"

Chegados ao nosso destino, com a ajuda de um habitante do lugar, desatrelámos o barco, e... pronto!

Dado o arranque ao motor, lá começámos a subir pela  forte corrente do rio, e, passados alguns  momentos.... truz... o carreto da cana de pesca começou a rodar ruidosamente, sinal que havia já um peixe que  mordera na amostra. e ficara  "fisgado".

Com o nosso entusiasmo,  o peixe começou a ser puxado para junto do barco, quando, repentinamente o motor para.  De imediato, lancei  mão ao  arranque para o pôr a funcionar  novamente mas... não pegava de maneira alguma. Como medida cautelar,  agarrei-me, então, a um dos remos que tinha a bordo, quando este por qualquer motivo, partiu-se, e sucedeu o mesmo ao outro remo que estava sob os bancos.

Ficámos, assim, um  tanto à deriva, e a forte corrente  já estava a arrastar-nos para  uma perigosa situação.

Numa das margens, alguém ainda tentou  ajudar-nos, mas sem resultado.

Apercebi-me, perante o barulho, que já vínhamos sentindo com a aproximação da rebentação. das ondas que já estávamos  bem perto de uma situação de perigo de  vida!

Gritei  para a minha Santa Mulher, Alvarina Teresa, (que eu tratrava por Dinha):

"Dinha, REZA A NOSSA SENHORA, QUE NOS SALVE. !"

Quer acreditem ou nao, o que é certo é  que notei que a embarcaçao começara a rumar (a ser desviada) na direcção da  margem oposta onde as águas eram mais serenas.

Ao aproximarmos de terra, perguntei "Dinha já viste aquelas gaivotas ali em terra ?". Respondeu-me "Não!"
Tinha  perdido a vista durante alguma trempo e partido um braço.

Socorridos, já ao anoitecer, fomos então acompanhados até ao nosso automóvel Morris e regressados a casa, sãos e salvos. Até a máquina de filmar se salvou ...

No dia imediato fomos à Igreja,  rezar a NOSSA SENHORA.





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