Li, num blogue (http://hffponte.blogspot.com/), num post sob este mesmo titulo, um trecho que me fez recordar uma triste e comovente situação, de certa forma ligada à famosa "ponte aérea" vivida num passado não muito distante.
Exercia eu a função de chefia contabilista, no Banco Totta-Standard de Angola, sob a orientação da Direcção Financeira, numa altura em que, dada as convulsoes beligerantes, todos os Trabalhadores naturais das diversas cidades da Província, fora de Luanda, vinham-me apresentar o pedido de transferência de trabalho para as áreas da sua nascença, que, dadas as circunstâncias, era-lhes concedida autorização, embora com reflexo nos serviços, dada a diminuição constante, de pessoal qualificado.
Num momento de crise, fui confrontado,certa manhã, com o pedido do Silva, um dos meus braços-direitos, com o pedido de se ausentar dos serviços, por largo tempo, pois tinha que embarcar com destino a Lisboa com urgência, porque a Mãe estava muito doente...
Respondi, "Sillva, é mais um argumento, seu, que como muitos outros, apresentam desculpas falsas, para se irem embora daqui ; como faz muita falta, dada a falta de pessoal, não lhe é concedida autorizaçao para se afastar das suas obrigações..."
Dias depois, o Colega Silva, aproximou-se de mim e disse-me, simplesmente isto : "CHEFE, A MINHA MÃE MORREU."
Chorámos os dois abraçados um ao outro !.
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