quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Doces memórias que o cruel tempo jamais apagará..

Pois bem,  como tantas vezes já por aqui referi, volta e meia lá retorno  aos arquivos sem fim que,  com carinho,  vou mantendo em secreta homenagem a todos os que partilharam comigo tantos momentos maravilhosos de uma vida em família e com amizades que perduram no tempo,  muitos deles,  fruto da imparável passagem do tempo, já desaparecidos.

No meio de tanta coisa, filmes, fragmentos sonoros, livros, cartas, fotografias e documentos de todo o tipo,  guardados preciosamente como se de um arquivo nacional, entrincheirado numa qualquer Torre do Tombo, consigo sempre descobrir, ou redescobrir, tesouros que testemunham vivências de outros tempos, muito diferentes do que hoje acontece.

Como  tudo na vida,  houve momentos bons,  outros nem por isso. No entanto, e porque recordar os maus momentos não traz nada de bom, bem pelo contrário, prefiro olhar para os bons, imaginando que tal harmonia e felicidade ainda hoje perdura. Apesar de saber que tal não é verdadeiro, gosto de me enganar e viajar,  nem que seja por breves minutos,  para aqueles lugares onde,  juntamente com a Família,  Amigos e Colegas,  fui tão feliz.

Sorrio ao rever velhas imagens,  tremidas e esbatidas pelos anos,  e quando fecho os olhos continuo a vislumbrar esses momentos que,  eu sei,  já passaram e não voltam mais. Mas,  como diz o poeta,  "Recordar é viver" e quando recordo consigo imaginar as conversas,  os risos,  os ruídos de fundo e até os cheiros,  como por exemplo o cheiro do peixe, acabado de pescar no enorme rio Cuanza, enquanto assava num braseiro com carvão incandescente.

Vejo passar à minha frente a Esposa já falecida,  os Filhos, ainda jovens  e  inocentes ou os Colegas e  Amigos em divertidas brincadeiras,  em convívios que nesse tempo eram correntes mas que hoje,  infelizmente,  parecem ter desaparecido.

Acredito que,  tal como eu,  muitos dos Retratados irão gostar de recordar tais momentos, pelo que,  quase num espírito de missão, venho,  aproveitando as tecnologias de que,  feliz ou infelizmente,  hoje dispomos,  partilhar pedaços do tempo cristalizados  numa película digital.

Espero que gostem pelo menos tanto quanto eu gostei...


Tá?!...

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