domingo, 20 de março de 2016

Um "Adeus, até sempre", é sempre doloroso...

"Sou um chato", é o que dizem alguns dos meus queridos membros da Família, pois acusam-me de estar sempre a "bater" na mesma "tecla"... e podem até ter certa razão !...  Os meus perto de noventa anos de idade, são talvez os culpados de tanta persistência em buscar principalmente  ao passado temas e fotos que impulsionam o bater do coração, revivendo coisas que afectaram ideologias e acontecimentos bravios, e honestos,sobre  a  minha permanência, em vida, neste globo terrestre...

Sinto-me então, às vezes, sem repulsa, como um importuno, maçante, aborrecido e monótono, sem  contudo nunca o pretender querer ser, pois as intenções nos contactos são, aliás, sempre bem intencionados, e nunca pretendo, de maneira alguma, vir  agora "chatear", absolutamente ninguém.  ou quem quer que seja.

No entanto, há certas coisas e momentos que me "chocam", um pouco, e não deixo, porém, de me manifestar, como o que todos nós, presentemente, assistimos, como seja o falecimento do grande Actor, Nicolau Breyner.

Como fonte para o tema deste meu blog, adquiri a Revista SÁBADO, que reproduzo, com o devido respeito, a capa, de seguida:


O meu ponto de vista,  recai no que vem discriminado em paginas interiores, e que, sublinhado, reporto o seguinte, cuja estampa coloquei na foto-montagem:

(Primeiro recorte à esquerda)
"Isso francamente, não me apetece" confessou a SÁBADO em 2005 sempre fez novelas. Até ao fim. Ao ser encontrado sem vida em casa, na passada segunda-feira dia 14 de Março, vítima de um ataque cardíaco.  Nicolau  Breyner..."..(etc...)...

(Segundo recorte, à direita)
"Nem mesmo depois do cancro de que te libertaras..." (etc...)...

Pois foi na base destas inscrições, que me impressionaram bastante, e que se depreende que no momento do final da sua vida, estaria sozinho em casa e que no seu último suspiro se sentira isolado e abandonado, sem que ninguém o tivesse socorrido, na hora da sua morte.

Sinto isto, porque passei por uma experiência na vida, diametralmente oposta a este triste acontecimento, há bem pouco tempo, pois minha Santa e saudosa Mulher, Alvarina Teresa, com quem me casara em Luanda, Angola, há sessenta anos, falecera, em casa, por motivo de doença incurável, numa manhã, encostada ao meu ombro direito, de seguida a um olhar doce, mas frio, que me lançara, pretendendo dirigir-me, amorosamente... um... ATÉ SEMPRE....

A solidão, abandono e isolamento a Idosos, mesmo na hora da morte, é sempre evitável..

Tá?!...

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