domingo, 12 de junho de 2016

De onde partiu o principal gatilho que causou a "exemplar descolonização "...

Em deslocação pelas estradas que nos conduzem a locais que no Algarve se tornaram "famosos", como na que hoje me possibilitou ir visitar um grande Edifício, tendo como ponto de partida a cidade de Olhão, que se tornou famosa pelos actos heróicos dos seus marinheiros, que no caíque" Bom Sucesso" atravessaram o oceano Atlântico, em toda a sua extensão, para  levarem a notícia ao Rei D. João VI. exilado no Brasil, da expulsão dos invasores franceses do nosso território, mantendo a independência de Portugal, enfrentei o grande  Edifício, em Alvor, onde se deu a célebre reunião e que foi denominada "ACORDO DO ALVOR", realizada no grande Hotel Penina.



Alvor- Penina Hotel



O acordo de Alvor

Foi aqui acordado, a 11 de Novembro de 1974, em reunião, pela primeira vez, discutirem  a independência de Angola, cuja bandeira portuguesa foi arriada aquando da retirada das tropas portuguesas - 1974.

Um acordo político que não evitou a guerra em Angola...

Guerra Colonial :: 1961-1974

 Um acordo com 11 capítulos  e 60 artigos selou, no Hotel da Penina, no  Alvor, o reconhecimento português dos movimentos independentistas angolano - MPLA, FNLA e UNITA - como "únicos e legítimos representantes do povo" da colónia lusa em  África.

No ano de 1975, a 11 de Novembro, o então presidente António  Agostinho Neto, proclamou, perante a África e o Mundo, a independência nacional do jugo colonial português...


O texto integral do Acordo de Alvor pode ser consultado clicando AQUI.

A  minha recente curiosidade em querer visitar este Hotel, advém do seguinte:

Naquela altura, vivia-se em Luanda um certo clima  amedrontado, relativamente aos movimentos políticos que se debatiam, tanto em Angola, como em Portugal, em que  as negociações entre os Partidos políticos, punham toda a população em constante alerta, prevendo-se grossas "tempestades", como, na realidade acabou por vir a acontecer, como todos sabem..

Não tínhamos ainda televisão, e o recurso para irmos acompanhando os acontecimentos, era ainda a telefonia, em que através dela, íamos sendo informados pela Emissora Nacional, a partir de Lisboa.

Trabalhava, na altura, numa Instituição Bancária, e, munido de um gravador manual, sentando-me com ele à frente da minha  secretária, conseguia gravar os noticiários que a Emissora Nacional, a partir de Lisboa, ia transmitindo sobre todos os pormenores que estavam a ser discutidos na reunião em que todos os Representantes dos países interessados se  pronunciavam sobre os destinos de cada País envolventes nesta política.

Recordo que ia gravando, em Luanda,  as intervenções dos responsáveis, naquela data, como  Portugal, MPLA, UNITA, FNLA, e mais alguns outros.

Quis obter, hoje, in loco, mais informações, para alem do que tinha gravado acerca do dito "Acordo de Alvor", a correr naquela data  (há longos anos), emitidas pela Emissora Nacional, mas foi-me impedido continuar, dentro das instalações, ir filmando mais do que já tinha filmado a partir do exterior do edifício na via pública.

Lamentavelmente, as gravações que tinha conseguido  fazer, em Luanda, sobre os relatos emitidos a partir de Lisboa, pela Emissora Nacional, ficaram perdidas, em Angola, pois vim a ser informado, que tudo quanto lá deixara, na minha residência, e que aguardava o meu regresso, a Luanda, após melhoria de saúde, fora completamente DESTRUÍDO. Nunca  vim a saber por quem !....

Tá?!...

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