quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Contraponto- Livros que nunca terminam. (Capitulo II)...

Hoje, véspera do 1º de Dezembro de 2016 (que lembrará o 1º de Dezembro de 1640..) surge-me .logo de imediato à abertura do  computador, este "panorama" informativo, pela via Internet:



Com aproximação de tempo tempestuoso,  pressentido através da janela do meu " escritório",  senti-me  um pouco  "ressabiado" com esta foto-montagem, que me excitou, pois a trovoada já se  vai sentindo, mesmo ao longe...
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Vistas da janela ...

O motivo de tal excitação,  prende-se com a leitura que tenho vindo a efectuar, aos poucos, pois  os 90 anos de idade,  que se aproximam, dão cabo dos meus  frágeis nervos. Também fui surpreendido por um  relato que acaba de ser publicado na NET, relativamente ao falecimento do Bastonário da Ordem dos Contabilistas (técnicos oficiais de contas), Dr. António Domingues de Azevedo,  com 66 anos,  pessoa que,  nos meus  tempos activos em que trabalhava em empresas de envergadura, tanto em Angola como  em Portugal, sempre me auxiliou , sobretudo  quando fui "causticado" pela dita "exemplar descolonização" quando no exercício activo como contabilista oficial em Empresas Nacionais e Estrangeiras, e, por último no Banco Pinto & Sotto Mayor, bem como no  MILLENNIUM-BCP, sempre com dignidade e honra, documentalmente  comprovado..
O Autor do Blog -  Armando - 88 anos de idade

António Domingues de Azevedo- Bastonário T.C.(falecido)

Já agora, uma curiosa historieta, que não me importo de vir agora relatar, dado que a coisa se passou há quase meio século e que não virá incomodar quem quer que seja, pois o tempo vai ceifando as intrigas e as  maldades que, nessa ocasião, causticavam certos  portugueses de Angola, que, por razões diferentes, foram obrigados a abandonar a  Nova Angola, recém independente, como foi o meu caso. Chegado a Lisboa, por via aérea,  acabei por ser internado num hospital, a fim de ser submetido a tratamentos que eram, naquela  data, inexistentes em Luanda, e, tempos depois, já restabelecido, foi-me proposto, por via de um Despacho Ministerial, a oferta de um emprego, num Banco, atendendo ao meu curriculum laboral exercido com pleno êxito enquanto exerci funções de chefia contabilística num Banco, que a intervenção do Governo de Transição, (Angola) acabou por definhar, até entrar em "coma induzido".

Acordada a aceitação da proposta originária da Administração do Banco sediado em Lisboa, por começar ali a trabalhar (que neste momento omito o seu  nome), fui indigitado para o desempenho de chefia contabilística de uma Agência que acabara de ser incorporada no activo do Banco que me estava  oferecendo  emprego, que prontamente aceitei,  e que no dia de apresentação ao serviço, na Cruz Quebrada, conduziram-me ao luxuoso gabinete onde iria iniciar  as   minhas funções de chefia. Curiosamente, foi nesse instante que me puseram ao corrente do que se passara com o anterior Funcionário Chefe, que fora despedido, por fraudes por ele praticadas. Assim fiquei a substituir um empregado que  fora entregue à Justiça, que fora acusado de práticas ilegais.

A Empresa onde comecei a trabalhar, tinha perto de meia centena de Trabalhadores, com os quais mantive sempre as melhores relações, e, inclusivamente cheguei a ser homenageado em defesa dos seus direitos, como colaboradores da Empresa  que negociava  vendas diárias superiores a cinco mil contos.

Os Gestores Administrativos do Banco que me aceitaram como seu colaborador, tempos depois, viram-se na contingência de. terem que ser obrigados a substituir-me, porque, por via Judicial,  houve quem  tenha accionado um protesto, alegando que a  minha admissão não  era correcta, na medida em que havia  interessados com maior antiguidade que a minha, e até porque... o facto de ter vindo de Angola, não me dava prioridade alguma...

E assim, na despedida, que se  operou  depois,  os beijinhos das Empregadas  e os Abraços dos Empregados, foram tantos, que ainda hoje  me sinto  emocionado...

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Bem, acumulado a tudo  quanto tem vindo  a ser  impresso neste meu singelo blog, amontoa-se a vasta demonstração  de ganâncias e incompetências, que vêm relatadas na obra literária, de autoria de Helena Garrido, sob o titulo "A VIDA E A MORTE DOS NOSSOS BANCOS" que a seguir se reproduz:




O principal factor no Capital de um Banco, e no seu exercício é, essencialmente,  a confiança que os clientes depositem na  sua instituição bancária, a despeito de,  contabilisticamente a composição do seu Capital vir expresso em, Balanços, através dos quais é confinada a sua composição "física" expressa na contabilização da sua principal matéria prima... que é, afinal,  o... 

 DINHEIRINHO !

E este  vem,  identificado  na escrituração contabilística, no DEVE  e  HAVER (Activo e Passivo), sobre os quais são geridas as contas Depósitos à Ordem, Depósitos a Prazo, Caixa, CTR-Contas Transitórios e de Regularização, e uma série de contas dentro do plano contabilístico na área bancária. O principal objectivo  que  se pretende atingir é o resultado Final - LUCROS  e  PERDAS !

E são então os Contabilistas (e os seus Colegas de trabalho) os principais  progenitores desta "embrulhada" toda,  que definirá ,e ajuizará, a competência de quem teve  nas suas mãos, a total gerência daquilo que todos Nós bem necessitamos .... OS EUROS,  OS DOLLARS, OS RANDS,  OS QUANZAS,  etc. etc. etc.

A área Governamental, virá depois, na base destes dados, pretender que aos Portugueses nunca lhes falte à mesa o "pão nosso de cada dia , e que a um bebé  jamais lhe  falte um lindo biberon de leite"...


Tá?!...

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