sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Um futuro ideal..avante juventude! ...

O futuro,  diz-se,  a Deus pertence. Se é isto verdade,  é também um facto de que as crianças e os jovens de hoje são,  também  eles,  o futuro. Importa,  pois,  meditar  e reflectir naquilo que transmitimos e  ensinamos aos nossos filhos,  netos e demais petizada. Que exemplos lhes  damos,  que ensinamentos lhes transmitimos,  como ensinamos o que é a vida.

A verdade é que,  com demasiada frequência,  sou confrontado em corriqueiras conversas com os desabafos de quem lida mais de perto com a realidade juvenil  actual e as perspectivas não parecem animadoras.  A realidade parece sugerir que grossa fatia dos jovens são vítimas do imediatismo e facilitismo que norteia a filosofia da vida dos dias que correm. Enquanto que  há apenas vinte anos quando queríamos saber  onde  se situa o Continente Africano,  por exemplo,  teríamos que  recorrer a um livro que provavelmente estes mesmos jovens desconhecem e  que se designava por Atlas. No processo de pesquisa era necessário percorrer o índice,  situar a página ou páginas de interesse e,  finalmente,  localizar o objecto da nossa busca,  África. Tudo isto exigia um processo de raciocínio, lógica e de memorização que ajudava por si só a reter para futura  utilização a informação. Hoje,  num segundo, carregando nuns quantos botões,  obtemos sem esforço a mesma informação. Confiantes,  ao que parece,  que a mesma permanecerá facilmente disponível,  os jovens de hoje como que,  de forma consciente ou inconsciente,  recusam armazenar  nos seus jovens mas cada vez mais  inúteis cérebros  tal informação para uso futuro. Pensarão " se o que preciso saber está aqui (na Internet) guardado,  para que vou eu matar a  cabeça ?".   Como consequência, ao que parece,  é cada vez mais vulgar encontrar jovens que não conseguem situar num mapa ou globo terrestre o grande continente africano  ou mesmo o nosso País e a respectiva capital,  Lisboa. E depois,  quando questionados sobre  qual é a capital da  China, brindam-nos com preciosidades  como "é o Japão !"... É de deixar os olhos  em bico a qualquer um...



Resta-nos ter esperança.  E essa é de facto a última a morrer.  Instituições  mais tradicionais e tradicionalistas como os Escoteiros que,  inspirados em  Baden  Powell,  procuram incutir  nos jovens ideais de união,  camaradagem,  amor ao próximo e curiosidade pelo mundo  que nos rodeia. Unidos pela Bandeira do Escotismo,  estes jovens são frequentemente envolvidos em actividades ao ar livre,  acampamentos, à moda antiga,  que lhes permite fugir do mundo virtual em que se refugiam  demasiadas vezes. É, por isso,  de louvar o  que decorreu no fim de semana de 12 de Novembro, na freguesia de Quelfes,  e que reuniu mais  de quatrocentos jovens  que saíram valorizados   como Pessoas e Futuros Homens e Mulheres deste País e de um Mundo cada vez mais global. Tenhamos esperança,  o futuro é destes jovens,  saibam eles construi-lo da melhor maneira.

Tá?!...

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