sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Olímpica proposta ao Ministro das Finanças...

A minha caixa de entrada de correio electrónico tem vindo a ser inundada por notícias  relativas aos possíveis aumentos das pensões de reforma. Tendo em  conta a minha condição de pensionista,  as pessoas que me são próximas procuram, assim,  manter-me informado quanto a assunto que é do meu interesse.

Mas o que estão estes tipos para aqui a dizer ?!?!
Face à profusão de informação, fico visivelmente confuso, conforme as fotografias abaixo atestam. Cada cabeça, sua sentença, cada jornal, sua notícia. Uns falam em aumentos de 1,8 euros, outros de 10 euros, outros nem sei do que falam. Tal incerteza poder-se-á dever ao facto de,  ao que sei,  o Orçamento do Estado, onde tais aumentos estarão contemplados, ainda não ter sido  aprovado na Assembleia da República. Já terá sido enviado para apreciação dos "Patrões" da Comissão Europeia  mas ainda não foi discutido  no Órgão  Máximo da  Nação.



Do que entendi do publicado em jornais como o Expresso, Correio da Manhã ou Observador, é que se andam a discutir ninharias como 2 euros, 4 euros, 6 ou 10 euros. Autênticas fortunas,  portanto, que irão certamente mudar a vida dos milhões de pensionistas que vivem apenas da sua reforma e que, em muitos casos, têm ainda que daí retirar algum para ajudar filhos ou netos desempregados, fruto  da "recuperação económica" tão falada pelo Governo mas pouco sentida por  aqueles que, ano após ano, têm enfrentado dificuldades crescentes.

Senhor ministro das Finanças, ouça bem o que eu lhe digo...
Curiosamente tem vindo a público informações sobre a nova equipa administrativa da Caixa Geral de Depósitos.  O novo Chefe do Banco Público irá ganhar qualquer coisa como 423 mil euros por ano, mais prémios. Os seus "Cúmplices" irão auferir salários igualmente pornográficos,  na ordem das 3 centenas de milhares de euros. Os vogais da administração terão um vencimento anual de 337 mil euros. Considerando que a Caixa tem seis administradores executivos, para além do presidente, a comissão executiva da Caixa irá custar em salários cerca de 2,465 milhões de euros por ano brutos. De notar que o novo Presidente irá receber mais do dobro do auferido pelo anterior. O actual presidente da Caixa terá um vencimento mensal (dividido por 14 meses) um pouco superior a 30 mil euros brutos (30,2 mil euros). Segundo o relatório e contas de 2015 da CGD, o salário mensal de José de Matos, o anterior Presidente, durante14 meses por ano, foi de 16.578 euros brutos.

Parece quase ridículo andarmos a discutir aumentos de  dois, três,  quatro ou mesmo dez euros face a notícias como esta relativa à CGD,  um Banco que é de todos nós e que passa,  segundo consta,  por dificuldades económicas. De qualquer forma, não quero  que me acusem de ser  um crítico apenas pela negativa, pelo que venho apresentar publicamente uma proposta:

Excelentíssimo  Senhor Ministro das Finanças,
Venho por este meio oferecer os meus préstimos e dezenas de anos de experiência em Banca e Contabilidade, com êxito (documentalmente comprovado) para,  por metade do valor que irá pagar ao futuro Presidente  da CGD,  desempenhar tais funções. Compreendo que esteja desconfiado quanto à minha capacidade para  tais trabalhos, pelo  que trabalharei seis meses  à experiência, sem receber qualquer remuneração  e só depois desses seis meses,  se  assim o entender,  iniciarei funções remuneradas. Acrescento que tenho seis Amigos que estão  igualmente dispostos a ocupar os restantes cargos administrativos nas mesmas  condições que eu. Assim,  estou a oferecer-lhe a oportunidade de poupar mais de um milhão de euros por ano.  Fico a aguardar a sua resposta.

Tá?!...

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