Ao meu lado está alguém que nos últimos oito anos, praticamente de forma ininterrupta, tem dedicado a sua vida a ensinar, a esclarecer dúvidas, a orientar o estudo. Umas vezes melhor, outras vezes nem por isso, as coisas têm vindo a decorrer dentro de uma certa normalidade. No entanto, tem vindo, esta Pessoa, a verificar uma maior ocorrência de "desconhecimentos" outrora considerados impensáveis. De tais fenómenos tem sido, amiúde, aqui feito eco. Hoje há novidades.
Conta-me este meu Amigo que ao questionar uma jovem aluna do nono ano, mas que por via de ter já chumbado dois anos frequenta, na verdade, a Escola há onze anos, quanto a um exercício sobre movimento, velocidades, distâncias, tempo, esta Aluna terá mostrado completa ignorância quanto à utilização de unidades como metro ou segundos. Aparentemente tal Jovem nunca cronometrou qualquer actividade, desconhecendo mesmo o que é um cronómetro. Também terá demonstrado dificuldades quando questionada quanto à duração, em dias, de um ano, ou quantos segundos há num minuto. Ainda, recorreu à máquina de calcular para efectuar cálculos como 7 - 0 (sete menos zero). Como é isto possível ? Onde estavam os Pais desta Jovem quando foi altura de a ensinar a ver as horas, a entender o valor do tempo, a compreender o conceito de distância e a sua relação com o tempo ? Que é feito daqueles ensinamentos que só um Pai ou uma Mãe podem transmitir ?
Aos Professores cabe ensinar e educar, mas tal função só chegará a completar-se quando também os Progenitores se envolverem no processo. E para tal, não são necessários cursos nem grandes recursos, apenas vontade, senso comum e sentido de responsabilidade. Tudo isto parece ser cada vez mais raro... Se alguém souber porquê, que se chegue à frente.
Tá?!...
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