quarta-feira, 26 de abril de 2017

A Hora da Partida ...para um estrangulamento !....

Afinal o meu entusiasmo é tal, quando se  descrevem, em Livros, acontecimentos que flagelaram  milhões de  pessoas  honestas, que vivendo na antiga Angola, foram cruelmente escorraçadas da terra que, de um modo geral, os viu nascer, resultante das decisões   em  que os "apátridas" foram "engenhosamente".  os autores da criminosa "Exemplar Descolonização"

Nesta  Obra Literária, a Autora,  Catarina Canelas, descreve, sensacionais e empolgantes "castigos" a que estiveram sujeitos e submetidos os ditos  e revoltosos " Retornados"...

O Livro, posto à venda há dois dias.
...
Reporto-me ao que vem escrito, sobretudo, na página 111, em que  vem  relatado o seguinte:... que se transcreve parte do  texto:


Após o auxílio que lhes foi prestado por uma embarcação de pesca, navegando, no alto mar, em que navegavam os tripulantes  chamados Retornados que, na sua ligeira traineira se tinha posto em fuga da costa marítima  angolana (Moçâmedes) que  rumavam pelo Atlântico acima,  cujo destino  que se desejava atingir era a costa Algarvia, e porque  nela vinha um pescador que era de Olhão; foi, portanto, no cais de Olhão, que foram alegremente recebidos.

Pois neste livro, vem descritas dramáticas situações porque passaram os Portugueses que criaram , com o seu esforço e trabalho honrado a antiga Angola da bandeira portuguesa, e que  hoje hasteia uma nova bandeira causadora de milhares e milhares de inocentes vítimas. que foram mortas através de metralhadoras e bombas quase  que nucleares...

O que vos escreve, neste blog, nascido há perto de noventa anos em Luanda (Angola), reside agora no País em que nasceram os seus saudosos País, PORTUGAL que por razões  de  saúde (e não só...) viu-se obrigado  a submeter-se aos cuidados da medicina adequada ao seu estado de saúde.  que só eram existentes neste encantador País, à beira mar plantado PORTUGAL.

Contudo,  e embora não faça parte dentro do contexto relatado na obra em epígrafe, aqui exponho uma situação a que estive submetido, na altura em que se "abatia", nas ruas de Luanda, com armas mortais, qualquer transeunte que se identificasse com o partido inimigo do atirador.

Morava nessa data, antes da independencia de Angola, num Bairro, em Luanda, muito frequentado por milhares de residentes

Sentados  na saleta em que  nos preparávamos para  nos  dirigirmos  aos nossos postos de trabalho, e de Instrução primária, Eu, a minha saudosa Esposa, e um dos meus queridos Filhos.

A sala onde tomávamos o pequeno-almoço, distanciava cerca de dois metros da porta central de entrada da casa. Estávamos descansadinhos da vida, em amena conversa, quando de repente, se sente uma grande algazarra, vinda da rua , acompanhada de tiros de espingardas e  de  metralhadoras
.
De repente, vindas da rua, acompanhadas de destruição da vidraça da sala,  em que tínhamos aparelho de telefonia  ligado, no qual  eram -nos  dadas as noticias mortíferas realizadas durante a noite, entre a UNITA,  MPLA e  FNLA, sentimos a destruição dos vidros provocada pela entrada das balas que invadiam a sala onde estávamos tomando o nosso cafézinho, mercê da luta barulhenta  entre os Partidos, que ferozmente se debatiam, provocando mortes quase à nossa porta que nos assustou de tal modo, que eu, de imediato, disse à minha santa e saudosa Mulher (Alvarina Teresa), o seguinte:

Levanta-te,  e trata das Tuas coisas, imediatamente,  porque logo que Nós nos levantemos da  mesa, vou-vos conduzir ao aeroporto, pagar bilhetes de avião - ida e volta - pois quero que  se livrem de morrer  nesta contenda, entre os partidos,  que já não respeitam nada nem ninguém, e matam inocentes indiscriminadamente-

E assim , embarquei-os no avião que os conduziu a Lisboa, são e salvos,. Eu fiquei, a viver sozinho,  , por razões ligadas a interesses partidários que me foram submetidos, na área  Bancária, aos quais não alinhei, e até  pelo facto de ter adoecido e forçosamente ter que embarcar,,  dias depois,  com destino a Lisboa para fins terapêuticos e que me salvaram..

E assim ,  embora existam os descrentes, e por vezes maldosos, aqui ficam, como prova, os dois bilhetes que que adquiri na TAP . Aeroporto de Luanda, com destino a Lisboa, para a minha saudosa  Esposa e o filhote, que completou os seus estudos na capital de  PORTUGAL.


                                             Ida e  volta. em que só houve a PARTIDA... para todo o sempre !.
Tá?!

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