sexta-feira, 7 de abril de 2017

Até parece um conto de fadas...

A velha canjinha... ressurgiu  !

 Vêm-me à memoria, 5 dias antes de entrar no capítulo que abrange  a vida terrena, em que aos  noventa anos quase que ouvimos, o aproximar do replicar dos sinos a dobrar, anunciando  a nova escadaria que nos conduzirá ao Céu...  Por isso, aqui estão algumas lembranças de um passado digno e exemplar...  deste "Velho do Restelo Grisalho".

Barra do Cuanza, Angola, o casalinho Alvarina e Armando.
Dia do Enlace matrimonial, Luanda. Padrinhos e convidados.
Em Cabinda, o Armando e o irmão José Duarte.

Esta  é casa onde nasci há 89 anos- Bungo.Angola.

Era este o panorama que nos saiu na "rifa"..a "exemplar descolonização"
Forçosamente "exilados", após o retorno a Portugal, com o apoio de Deus, reconstituiu-se um modo de vida, diferente daquele que se vivia em Angola, vivendo-se depois um clima harmonioso,  de encanto e amoroso, com o ressurgimento de lindas e encantadoras Netinhas.

A foice  ardente do  tempo, mais tarde,  impediu-nos de partilhar os bons momentos da vida, com a Mulher que mais amei,  a Esposa, Alvarina Teresa consoante esta dolorosa foto...

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A partir de então,  todos os ramos da Virtuosa Árvore, nascida na base da fraternidade, amor ao próximo,  honradez e dignidade, foram quebrados, na medida em que, face   ao  desmembramento  familiar, que fora, entretanto, constituído, o  Autor viu-se obrigado, por razões válidas e normais, a ter que passar a usufruir dos auxílios, em matéria de  alimentação,  então  cozinhada,  pelo Pessoal  disponível das suas obrigações laborais. Quero com isto dizer, que os meus descendentes auxiliam-me, sempre que possam, vêm  aqui à  cozinha e prepararem-me a habitual e apetitosa  "Canjinha"...

E fazem-no com o receio que eu venha a fazer o  mesmo que o Leity Beirão fez em Angola - a Greve de Fome...

Há no entanto, aqui um curioso problema, que acaba de suceder.

Como frisei antes,  todos os  membros familiares que me tem auxiliado, residem  de uma maneira geral, a uma longa distância da minha própria residencial. Subitamente uma das minhas netas, lá de longe, fez.me a seguinte pergunta, telefonicamente. Vô, tens canja para o jantar de hoje ? Respondi... "querida Sussu, a que tenho está já no fim do tacho, e é muito pouca....

Então, espera  aí uma hora, pois vou no meu carro deslocar-me os 6o quilómetros de distância, para te cozinhar a "rica canjinha" de que tanto gostas....

 E eis o fim da história.....

O tacho.. acabado de ser cozinhado.


 
E o prato. Vô.... estava uma delícia.

 Tá?!...

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