quinta-feira, 18 de junho de 2015

"Por mares nunca dantes navegados.."....

Acaba de ser posto à venda, nas bancas, o volume n.º 8, portanto o último da série que o Jornal "Correio da Manhã" tem vindo a publicar, e que  tem vindo a relatar os dramas vividos pelos portugueses, relativamente ao rescaldo  da "exemplar descolonização", "parida" por afectação por  determinados e temíveis "apátridas"... que hoje se julgam Donos e Senhores de tudo e de Todos, e que  ainda sobrevivem...


Não é fantasia nenhuma, o que  tem vindo a ser  relatado em função dos acontecimentos dramáticos a que estiveram subordinados os que, para se salvarem das atrocidades cometidas  no Ultramar,  tiveram que se socorrer de meios de transporte, até aos locais em que se sentissem mais seguros das "selvajarias" a que tiveram  sujeitos e que os conduziria a dramáticos sacrifícios mortais.

Diz-se que "a dor só  dói a quem a sente", e dentro desta popular filosofia, os jovens da actualidade não têm nem sentem o mesmo "ardor", (graças a Deus), que acutilou os Séniores idosos que sofreram com as atrocidades a que estiveram sujeitos, no distante passado. Estou incluído nessa "massa sacrificada", até porque, por razões de saúde,  motivadas pelos conturbados movimentos independentistas, a despeito de ser  natural de Angola, vi-me obrigado a  deslocar-me a Lisboa, na data da independência de Angola , por falta de médicos, na altura,  em Luanda . De imediato, vi-me  a braços com uma total destruição  de todos os  meus bens (honestamente adquiridos) que  eu tinha  sediados  na minha residência oficial  em  Luanda.,

Como actualmente resido  na cidade de Olhão, despertou-me a atenção um, trecho inscrito  no canto de uma página, no supracitado volume nº 8, que passo a reproduzir foto-graficamente:


 Por aqui se vê o drama a que estiveram sujeitos muitos portugueses para se safarem das "hostilidades" que os criminosos não hesitavam em retalhar os seus corpos. Uns vieram na celebre "Ponte Aérea, outros então socorreram-se do que lhes estava à mão, como, por exemplo, embarcando em frágeis embarcações, que, em muitos casos, nem chegaram a tingir os portos para onde se dirigiam, afundando-se...




Traineiras de Olhão também transportaram  Retornados.
Pois foi neste tipo de barcos, que muita gente se viu obrigada a embarcar, para se salvar, e que, como anuncia o texto  acima descriminado, algumas embarcações, deste tipo, ainda tiveram a sorte de chegar ao bom porto de Olhão.

Terá sido esta uma das traineiras  que transportou os refugiados de Angola em 1975 ?


O relato histórico  é  de conhecimento público,  embora alguns segredos jamais serão revelados,  até para proteger os interesses de alguns. No Arquivo da RTP é possível encontrar,  ainda assim, bastante informação de relevo.

Certos  trágicos episódios que relatam a epopeia dos refugiados portugueses vindos de Angola, infelizmente já não podem ser contados, ou relatados, em discurso directo, por refugiados que entretanto perderam a vida, e repousam eternamente num cantinho do Céu.

 Em Olhão, ou  seja, em  Olhão da Restauração,  foi  a cidade, onde acabei por cair de "para- quedas",  após  um  "exilio" forçado   a que todos tivemos que ser submetidos, resultante dos  acordos que certos "apátridas" estabeleceram entre si,  para que deixássemos Angola   à   mercê e nas mãos de certos " gentios" que  ficaram a beneficiar das riquezas que lá tinham sido produzidas pelos os que  tinham  sido agora   "enxotados" com a cobertura  e apoio de certos "apátridas", da mesma nacionalidade dos que  estavam  sendo  visivelmente  vitimados  e afugentados infamemente..

No cais  onde acostam as traineiras que regressam da captação de peixes de várias espécies,  assiste-se ,  com muita frequência,  o descarregamento de cestos contendo uma  das maiores  riquezas que o nosso mar nos contempla ... a famosa sardinha do Algarve.   Afinal Portugal é um País  rico dada a sua  industria  piscatória que é tão valiosa... tal  como o petróleo o  é para Angola !.














Silenciar o passado, considero uma injustiça, embora haja gente que actualmente quase  que cospe para o lado, com um ar de indiferença, e se sinta incomodada com os desabafos dos que  passaram tormentos injustos mercê dos interesses pessoais de  determinados "apátridas"...

Tá?!...

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