quinta-feira, 25 de junho de 2015

Vão-se os anéis mas ficam os dedos ...

Podemos sempre usá-los para a brincadeira...
A propósito de revolução,  falando em 25 de Abril,  quarenta e um anos depois o Estado Português continua alegremente a delapidar os bens comuns,  em processos de privatização de empresas que,  diga-se a verdade,  estão hoje tecnicamente falidas  depois de anos e anos de má gestão e de abuso dos dinheiros públicos. Isto tudo,  claro,  sem que alguém tenha sido verdadeiramente responsabilizado pelas gestões danosas.

A Refer e a CP é o que se sabe,  com centenas de milhões de Euros de prejuízo,  bem acompanhadas pela RTP,  a televisão pública que esbanja milhões de Euros em salários de estrelas televisivas em decadência. Depois é vê-los lamentarem-se da má sorte e da crise. A culpa é sempre dos outros. Os gestores são pagos para gerir (muitas vezes,  mal) mas quando chega a hora a culpa morre solteira e, se for preciso,  ainda recebem indemnizações chorudas.

Ontem venderam a TAP,  dizem que por um valor simbólico. Justificam-se com  as dívidas da Empresa. Mas,  na verdade,  aquilo há de valer alguma coisa,  senão ninguém se interessaria na sua compra.

Também por estes dias  os donos do Pingo Doce  ganharam a concessão para explorarem o bonito Oceanário de Lisboa,  que ao que sei até dava lucro.

E quando não houver mais nada para vender ? Dá-se um pontapé numa pedra à espera que debaixo desta esteja um poço de petróleo ? O Povo não pode ter posição nesta espécie de feira da Ladra ? Quando acabarem os anéis,  cortam-se os dedos ? O futuro é incerto mas também não promete nada bom...

Tá?!...

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