domingo, 15 de maio de 2016

Acções luminosas, militarizadas no passado. -"VIRA PRA LÁ ESSA MERDA.".

Após a meia-noite,  portanto ,  quando  os ponteiros  do relógio  indicavam que o dia 15 de Maio estava já no seu  inicio,  para  fugir aos cansáveis programas televisivos,que só anunciavam futebol, mais futebol,  acrescidos  de uma "  interminável "  propaganda comercial,  decidi, antes de me deitar, rever um disco DVD,  que fora gravado há longo tempo atrás, o qual reproduzia factos e  textos históricos, acerca dos acontecimentos relacionados com a revolução do 25 de Abril.

Como na data em que se desenrolou esta  revolução politico/militar, - o 25 de Abril de 1974-,  residia ainda em Luanda (Angola,  foi com  mais intensidade  que fui acompanhando o desenrolar dos acontecimentos então gravados neste  disco DVD,   que  foram   baseados   em   programas já  emitidos,  em anos anteriores,. pela RTP.

Um pormenor, contudo, chamou-me, agora,  curiosa atenção....  o comportamento de um glorioso militar,  numa data em que o 25 de Abril estava ao rubro, e que passo aqui  a transcrever, partindo
de uma  descrição inserida na  Internet, que relata o seguinte:-

"... Na  rua do Arsenal,  solitário,  com  um heróico sangue-frio,  frente aos dois M-47, que ocupam a  largura da via, o major Jaime Neves grita para o  major Pato Anselmo " VIRA  PARA  LÁ  ESSA MERDA !, ".

 (A "essa merda" .referia-se aos mortíferos canhões de 90 mm dos M-47)...

Eis algumas fotos inserida na Net:--


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Retrocedendo, e a  propósito da época revolucionária que foi  genericamente precedida   de  uma   evolução  criminosa de assassinatos,  activados na época,  em Angola,  que  se generalizou  em determinados   grupos  de etnia negra,os chamados  Turras  em que se chegou a ouvir "... mata branco...mata branco"..",   e que no decorrer de acções protagonizadas  por elementos afectos à politica, culminou na "exemplar  descolonização",  que  acabou por, "forçosamente  exilar ",  milhares de inocentes Trabalhadores que, com o seu esforço   e dedicação. tinham  deixado todos os seus haveres  à mercê de destruições  de produtos  obtidos  com o seu  esforço, como trabalhadores proprietários , adquiridos   à  custa  do seu  suor, sangue,  e por vezes também  com  lágrimas.

O que acima se relatou, passou-se em Lisboa.  Todavia, e embora  haja um certo silenciar,   também  em  Luanda,  se  viveram momentos, naquela época, dita,  da descolonização, em que protagonizei acções militarizadas,  embora já na vida civil,  desmilitarizado,  por ter já  cumprido, na tropa,  com  o meu dever de respeitar a bandeira portuguesa.   Organizaram-se ,  então , na época, as célebres   milícias ,para que, ao longo das noites, e  em jeeps  percorrêssemos  todos os locais onde houvessem escolas, hospitais,  centos de saúde e bairros onde habitavam  milhares de pessoas, pois o medo era de tal ordem generalizado, porque  a todo o  momento se temiam  ataques por parte  dos  "pretos"  que tencionavam  matar "os brancos". Esta era a verdade,  que foi escondida  e silenciada na altura pela a informação jornalística.

Um pormenor curioso:  por escolha,  chefiei uma brigada deste género, durante meses, enquanto residente em Luanda ( terra onde nasci); certo dia, ao regressar a casa, já de madrugada,   reparei que o condutor  que conduzia  o jeep,  ao volante ,  a meu  lado,  mantinha a sua carabina , inadvertidamente,  apontada   na  minha direcção, pronta a disparar ao menor movimento inesperado.  Do que eu me livrei  Santo Deus!. !. Graças a Deus,  ainda posso contar esta " aventura", agora aos 88 anos de idade...

Tá?!...









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