segunda-feira, 2 de maio de 2016

O Mundo em que vivemos...

Assunto: Fw: Vergonha!
 Em Inglaterra, a cadeia de supermercados Waitrose, oferece uma moeda (uma chapa) a cada cliente que faz compras acima dum determinado valor. O cliente, à saída, tem, normalmente, três caixas, cada uma em nome duma instituição social sediada no município, para receber as referidas moedas, de acordo com a opção do cliente. Periódicamente, são contadas as moedas de cada caixa e a empresa entrega em dinheiro, à respectiva instituição, o valor correspondente, donativo esse que, diminui os seus lucros mas, também, tem o devido tratamento em termos de fiscalidade.

Em Portugal, as campanhas de solidariedade custam ao doador uma parte para a instituição, outra parte para o Estado e mais uma boa parte para a empresa que está a “operacionalizar” (?!...) a acção. Um país de espertos... até na ajuda aos mais necessitados. Mas nós ficamos quietos e calados, ou então, estupidificamos porque queremos... 

Muito triste, muito triste, mas é bom saber...
Leiam s.f.f. e repassem.
Programa de luta contra a fome.
Nada é o que parece.
Ora veja:
Decorreu num deste fins de semana  mais uma ação, louvável, do programa da luta contra a fome mas,....façam o vosso juízo!
A recolha em hipermercados, segundo os telejornais, foi cerca de 2.644 toneladas! Ou seja 2.644.000 Kilos.
Se cada pessoa adquiriu no hipermercado 1 produto para doar e se esse produto custou, digamos, 0.50 € (cinquenta cêntimos), repare que:
2.644.000 kg x 0,50 € dá 1.322.000,00 € (1 milhão, trezentos e vinte e dois mil euros), total pago nas caixas dos hipermercados.
Quanto ganharam???:
- o Estado: 304.000,00 € (23% iva)
- o Hipermercado: 396.600,00 € (margem de lucro de cerca de 30%).
Nunca tinha reparado, tal como eu, quem mais engorda com estas campanhas...
Devo dizer que não deixo de louvar a ação da recolha e o meu respeito pelos milhares de voluntários.
MAIS....,

É triste, mas é bom saber...
- Porque é que os madeirenses, receberam apenas 2 milhões de euros da solidariedade nacional, quando o que foi doado eram 2 milhões e 880 mil?
Querem saber para onde foi esta "pequena" parcela de 880.000,00 € ?? !!!!!!
A campanha a favor das vítimas do temporal na Madeira, através de chamadas telefónicas é um insulto à boa-fé da gente generosa e um assalto à mão-armada.
Pelas televisões a promoção reza assim: Preço da chamada 0,60 € + IVA. São 0,72 € no total.
O que por má-fé não se diz, é que o donativo que deverá chegar (?!!) ao beneficiário madeirense é de apenas 0,50 €.
Assim oferecemos 0,50 € a quem carece, mas, cobram-nos 0,72 €, mais 0,22 € ou seja 30%.
Quem ficou com esta diferença?
1º - a PT com 0,10 € (17%), isto é, a diferença dos 50 para os 60.
2º - o Estado com 0,12 € (20%), referente ao IVA sobre 0,60 €.
Numa campanha de solidariedade, a aplicação deu uma margem de lucro pela PT e da incidência do IVA pelo Estado, são o retrato da baixa moral a que tudo isto chegou.
A RTP anunciou com imensa satisfação, que o montante doado, atingiu os 2.000.000,00 €.
Esqueceu-se de dizer, que os generosos pagaram mais 44%, ou seja, mais 880.000,00 €, divididos entre a PT (400.000,00 €, para a ajuda dos salários dos administradores) e o Estado (480.000,00 €, para auxílio do reequilíbrio das contas públicas e aos trafulhas, que por lá andam).
A PT, cobra comissão de quase 20%, num acto de solidariedade !!!
O Estado, faz incidir IVA, sobre um produto da mais pura generosidade!!!
ISTO É UMA TOTAL FALTA DE VERGONHA, SOB A CAPA DA SOLIDARIEDADE. É BOM QUE O POVO SAIBA, QUE ATÉ NA CONFIANÇA SOMOS ROUBADOS.
ISTO É UM TRISTE ESBULHO, À BOLSA E AO ESPÍRITO DE SOLIDARIEDADE DO POVO PORTUGUÊS!!!
Pelo menos. DENUNCIE!
 
"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." ( Luther King )

Recebi, via correio electrónico, o texto acima fielmente reproduzido. Enviado por uma querida amiga e colega,  pude entender que se refere ao "negócio"da solidariedade e da caridade, tão na moda nos dias de hoje. De facto, é possível encontrar diariamente e em qualquer lado  referências a uma qualquer campanha de solidariedade e caridade promovida por super mercados,  canais de televisão, etc.

Já fiz aqui referência a estas estratégias de "solidariedade por procuração" e da hipocrisia  que lhe está subjacente. Efectivamente,  com destaque para as épocas festivas do Natal  e Páscoa,  podemos sempre encontrar, em qualquer grande superfície, uma campanha dita de solidariedade em que é solicitado aos clientes que adquiram um dado objecto, frequentemente um livro ou um CD de música, informando que o dinheiro do custo desse objecto reverterá a favor de uma instituição de solidariedade. No entanto,  esquecem-se de referir, por exemplo,  que parte do valor será entregue ao Estado, via IVA, sendo que a verba a entregar à referida instituição sê-lo.á  em nome da empresa proprietária da grande superfície,  que assim poderá  obter benefícios fiscais.  Assim,  com o dinheiro dos outros,  é fácil ser solidário,  ainda mais quando daí se retiram proveitos financeiros.

Há pouco tempo foi também aqui feita referência ao negócio de milhões  de Euros que está por trás dos contentores de roupas usadas. É uma desilusão virmos a descobrir que as roupas  e outras peças que doámos, pensando que teriam como destino  uma pessoa necessitada, vai afinal alimentar um negócio altamente lucrativo de  lojas de roupa em segunda mão.

Sou muito criticado por estar  sempre contra o futebol. Na verdade,  não é contra o futebol desporto que tanto protesto, mas sim contra o futebol dos negócios escuros e dos salários imorais. Ao contrário  de outros tempos em que se jogava por amor a um Clube,  hoje jogadores e treinadores são essencialmente  mercenários a soldo de quem pagar mais, de forma a sustentarem vidas luxuosas e imorais do ponto de vista de quem trabalha dez horas por dia  para, no final do mês receber uma esmola. Mas se até a solidariedade e a caridade são negócios,  também eles pouco claros e pouco éticos,  porque haveria o futebol,  ou o desporto em geral, de ser excepção ? É  o Mundo que temos. Um Mundo de hipocrisia, ganância e imoralidade,  em que quem decidir insurgir-se contra o estado de coisas é,  frequentemente,  marginalizado e visto como um "idiota honesto".

Tá?!...

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