sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Isto também é muito "raro"...

É verdade que o tempo escoa das nossas mentes, muita coisa que esteve silenciada, tal como o que vou apresentar, de seguida, neste blog. Tenho divulgado pela mesma via, que veio parar às minhas  mãos, por empréstimo, um Livro que se anuncia ter sido proibido circular em Portugal. Esse livro tem o titulo "Holocausto em Angola", de autoria do Dr. Américo Cardoso Botelho (Médico) que esteve preso nas masmorras em Luanda, por razões políticas, e que já faleceu. Como disse, o livro foi-me emprestado por Pessoa Amiga, que o obteve fora das nossas fronteiras.

Tenho dedicado muitas horas na sua leitura, e, em certas páginas, encontro inscritos certos textos que me impressionam, como que vou transcrever.
Pagina 184.
"Os enganados da reconstrução nacional
O apelo
Em Portugal, como em Cabo Verde, em S. Tomé, no Congo, na Zâmbia e no Zaire, há centenas de milhar de angolanos ali refugiados. Independentemente das suas opções políticas, esses angolanos devem regressar à sua Pátria. Nós criaremos condições para o seu repatriamento, embora as condições que temos de viver hoje  não  nos permitam fazer uma entrada massiva de centenas, de milhar de pessoas, nós procuraremos encontrar condições para que os nossos compatriotas não continuem a sofrer fisicamente e moralmente os efeitos do exílio e também para que não sofram a humilhação de estarem fora da sua Pátria quando nós já estamos independentes.
Jornal de Angola, 20.06.78."

Adianta o texto que só uma reduzida parte tentou o regresso.

Pois muito bem, de "paleio" está o mundo cheio.

Pessoalmente, por razões de saúde, fui forçado a um "exílio", na data de independencia, a fim de me tratar em Lisboa, num internamento hospitalar, e, quando  melhorei, junto da Embaixada de Angola, em Lisboa, accionei todos os meios legais, a fim de regressar à minha terra Natal (Angola)  disponível para  ali trabalhar, de novo, dentro das minhas capacidades laborais (Técnicas). E querem saber qual a resposta que me foi dada ? Leiam a carta que a Embaixada me enviou..


A política é assim ... "machadadas" sobre "machadadas"..

Tá?!...

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