domingo, 4 de setembro de 2016

Palavras... leva-as o vento...

Num recente blog  em  que dirigia  uma carta aberta a sua Excelência a Ministra da Justiça,  Exma. .Dra.,  Francisca Van Dunem,  reproduzi uma parte de um texto inserido na Obra Literária " Holocausto em Angola", de autoria do Exmo. Doutor . e Escritor, Américo Cardoso Botelho, já falecido,  e que segundo se apregoa, tal livro está proibido de circular em Portugal.
 Transcrevo, portanto, a parte em questão:-



"Os enganados da reconstrução nacional
O apelo

            Em Portugal como em Cabo Verde, em S.. Tomé, no Congo, na Zâmbia e no Zaire, há centenas de milhar de angolanos ali refugiados independentemente das suas opções políticas, esses angolanos devem regressar à sua Pátria,   Nós criaremos condições para o seu repatriamento embora as condições que temos de viver hoje não nos permitam fazer uma entrada massiva de centenas de milhar de pessoas, nós procuraremos encontrar condições para que os nossos compatriotas não continuem  a sofrer fisicamente e moralmente os efeitos do exílio e também para que não sofram a humilhação de estarem fora da sua Pátria quando nós já estamos independentes."
(Jornal de Angola,  20.08.78".

Por  diversas vezes tive a oportunidade de justificar o motivo que me levou a não ter  podido  assistir ao acto celebrado  no dia  da Independência de Angola, País onde nasci,  e fui baptizado, há 88 anos, porque, dias antesda celebração  oficial, fui atacado por uma grave doença, para cuja cura não existiam médicos em Luanda, na altura, e, para salvamento, fui metido a bordo de um avião, com urgência,   que me transportou para a cidade de Lisboa,  para internamento hospitalar.

Decorridos muitos meses,  sentido melhoras, ( devido a tratamentos),  perante os noticiários divulgados  através da imprensa   jornalística,     entendi  ser conveniente  dirigir-me  à Embaixada Consulado de Angola, em Lisboa, afim de propor a minha oferta de trabalho, na terra onde nasci- Angola (Luanda), afim de colaborar, com o meu honesto e dedicado esforço, em tudo que me  fosse  possível , contribuindo para o futuro  Esplendor de Angola 

Inesperadamente, e sem qualquer justificação em relação à resposta que me foi enviada,  ainda hoje não a entendo, na medida em que sempre fui um exemplar trabalhador, em várias actividades exercidas, com dignidade, êxito e honradez, em empresas sediadas tanto em Angola, como no Estrangeiro, documentalmente comprovado.

Eis a carta que me foi envida pela Embaixada de Angola,  naquela data.




Transcrição da carta acima fotocopiada:-

  Serve a  presente para comunicar a V. Excia., que a sua  oferta de prestação de serviços na Republica Popular de Angola, não foi aceite.

Embaixada da República  Popular de Angola em Portugal, Lisboa, 29 de Julho de 1982.


Cést la vie...

Tá?1...

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