quarta-feira, 3 de agosto de 2016

A Justiça começa em casa...

Diz o Dicionário Enciclopédico Koogan-Larousse,.Seleções, que.."Para termos autoridade de julgar os estranhos, cumpre julgar primeiro os nossos parentes ou os amigos mais chegados"

Dentro de algum tempo, se Deus quiser, farei noventa anos de uma  vida  repleta de situações variadas,  algumas bem amargas, mas,  outras, na maioria,  felizmente,  bem "adoçadas"!...

Quero com isto pretender  manifestar um  certo orgulho em ter  uma figura no nosso  Governo ,  uma individualidade  que nasceu na mesma cidade  em que eu também nasci ... Luanda (Angola)!.

                                               Francisca Van  Dunem

 Francisca Van Dunem, é actualmente a primeira mulher negra a ser ministra do governo português.
Relata-se na Internet que.. "  a nova Ministra da Justiça não teve problemas em abordar de forma frontal a questão racial em Portugal. Considerou que o tema em Portugal é visto como um tabu,  sobretudo no discurso político e  evidenciou que "essa espécie de contra preconceito", de pensar  que os problemas do  racismo e da discriminação não se  põem entre os portugueses, é paralisante e leva a que haja pouco  ou quase ne4nhum progresso  visível nesse  campo."

Temos, efectivamente, um exemplo  que acaba de ser formalizado, nesta cidade de Olhão, onde residuo,   e que vem publicado no jornal "Brisas do Sul", de Julho 2016, aqui reproduzido em  tipo de fotomontagem:

Jornal "Brisas  do Sul "
Jornal " O Olhanense" nº 1141

 Bem, com esta  "ingénua filosofia" , e,  como  Angolano de Portugal , que  chegou a casar-se com  uma cidadã natural da cidade do Porto,  cujo  feliz  enlace matrimonial, realizado em Luanda,  foi ceifado, recentemente,  após  decorridos  sessenta anos de um bom  convívio  fraternal e que mantinha, igualmente,  a mesma  ideia  de respeitar sempre,  quem quer  que fosse, independentemente  da sua coloração  de pele;  era  uma  Santa que  previlegiava os que  a Ela se dirigiam   solicitando  um   auxilio,  para  conseguirem ainda  sobreviverem.

Dentro deste principio de solidariedade humana, esta minha saudosa e  querida  Mulher,- Alvarina Teresa-   praticou, certo dia, em Luanda,  um acto de Justiça, ( tal Francisca Van Dunem ) que livrou que um seu companheiro de trabalho, que era um idoso preto, quase à hora da morte, conseguiu sobreviver,  em resultado de se ter comprometido  a suportar os custos elevados  de internamento hospitalar,  num Hospital, em Luanda,  em  que já na havia camas na enfermaria e que só havia disponibilidade de internamento em Quarto de Primeira Classe ( extremamente luxuosos)  em que só  os  "endinheirados"" ( que não era o  nosso caso) aguentariam´...

Em resumo: o grande problema  seria, então,  como dar solução  à questão de como  " arranjar " os Escudos suficientes para  satisfazer a elevada dívida   proveniente da atitude assumida pela  salvadora da vida do  Domingos ? O julgamento foi decidido e resolvido  pela forma a que estavam habituados a viver os chamados "Retornados", que trabalhavam honestamente em  Luanda, antes da " exemplar descolonização"...



            ...   A SOLIDARIEDADE  HUMANA,  QUE ERA  EXISTENTE  NA ALTURA,  ENTRE AS FAMÍLIAS, RESIDENTES EM LUANDA,  APÓS  UM JULGAMENTO  COLECTIVO, REUNIU OS ESCUDOS NECESSÁRIOS  PARA A  LIQUIDAÇÃO  TOTAL DA DÍVIDA CONTRAÍDA NO CENTRO HOSPITALAR, ONDE FORA INTERNADO,  e salvo,  O VELHO CONTINUO NEGRO...EM QUARTO DE LUXO ... O DOMINGOS.

          Éramos , em geral,  como se fossemos  Todos, independente da raça, irmãos uns dos outros...

Tá?!..


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