terça-feira, 2 de agosto de 2016

Ainda a preposito do " China Macau"... ha 80 anos !

Publiquei recentemente um artigo "bloguista", inspirado em textos que vem publicados na Internet,  relativamente a um tema que  surgiu  a publico, sobre o qual ,  atrevo-me , novamente a discernir... a "discriminação racial ".

Vem isto   a propósito, de novo,  sobre  uma publicação inserida  na Net,    e que, com a devida vénia e respeito, repito-a,    parcialmente., como segue:


                                                      
                                                                       ***************

Retenho ainda na minha memória, certos momentos vividos  no tempo em que, na idade  em que frequentava  uma  Escola do Ensino Primário Elementar, portanto  à roda dos nove/ dez  anos  de idade,  situada em Carnide,  periférico ao Largo da Luz, onde existe o colégio Militar,   em que  eu era "xanfrinhado" pelos meus ilustres Colegas e Camaradas, tambem  muito novitos,   que, pelo facto de eu  ter nascido  na  Colónia de Angola,  por ser  território africano,  atribuiam-me,  na brincadeira, o titulo de ...

                                                                "CHINA MACAU "

 acompanhado  com  gestos um tantos   ofensivos ,   com os dedos da palma da mão escorrendo  sobre o nariz.... Apesar disso, a nossa  amizade  infantil,  não era  mitigada.

No entanto, vivia-se um clima  bastante "adocicado",  que permaneceu ao longos dos muitos  anos seguintes, em  que,  a distinção quanto  à  coloração da pele, em parte,  apenas  existia  quanto a formação das colunas  militares, no  Exercito.  Nos locais de trabalho, em todo o território,  não  havia, geralmente,  diferenças de tratamento entre Colegas de Trabalho , em  que a boa harmonia e  confraternização  era  comum, tanto fossem Brancos, Mestiços, Pretos ou de outras origens.  Havia solidariedade  universal, até a  altura  em que se deu a Guerra Civil, em  Angola.  de conhecimento universal.

Houve até curiosos casos, de índole legislativa, naquela ocasião,  entre  os quais,  permito-me vir relatar uma situação em que a minha saudosa Esposa, Alvarina Teresa, foi interlocutora,  e progenitora,  que passo a relatar:

Certo dia, o saudoso  continuo,  já de idade avançada e muito gentil, o Domingos, que era preto e   que trabalhava na mesma Empresa, na qual , a minha Mulher, fora nomeada  Secretária Geral, em Luanda,  foi subitamente acometido de doença grave,  pelo que foi transportado, rapidamente,  para  a Casa de Saúde ( tipo Hospital) existente na cidade- Luanda.


 Surgiu, no entanto, um impasse, enquanto o  doente era atendido,  pois não existiam camas vagas  na enfermaria par acolher o Domingos, que já quase parecia perder a vida.

Perante tão insólita e complicada situação quanto â não penitencia para acamar o doente Domingos, minha saudosa Esposa, ao telefone,  comunicara a Gerência  da Empresa, que  face a situação de risco  criada,  só havia uma solução, que era  o internamento do Domingos em Quartos de Primeira Classe, luxuosos, mas que o seu custo era muito elevado...( não me lembro qual era)  e que  ia além dos milhares de Escudos. A  resposta obtida por parte da Gerencia foi que não  lhes era possível suportar tanta despesa, pois tal  importância,  tão elevada,   iria muito para além do  previsto orçamentalmente...

Decisão imediata  da  minha  saudosa Mulher ( que Deus a tenha  em  Paz e Descanso...) após a resposta telefónica  da Gerência:...

"Precedam ao imediato internamento do doente Domingos,  pois responsabilizo-me pelos custos que tal  medida  venha  a causar.. pois,  recorrerei  à habitual   solidariedade de índole Familiar.

Escritório em Luanda.
E foi assim  que  se conseguiu  que o Domingos tenha sido salvo de  uma  morte certa, cuja vida foi salva  e prolongada... devido a uma decisão, humana,  por parte da que mais amei no Mundo...a  minha saudosa  Alvarina Teresa.., que completaria  brevemente  90 anos de idade ...
No escritório em Luanda.

                          
Alvarina Teresa.

Tá´?!....


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