segunda-feira, 2 de julho de 2018

O LIvro "Segredos da Descolonização de Angola ".

Acabo de adquirir o Livro agora  posto à venda. titulado "SEGREDOS DA DESCOLONIZAÇÃ0 DE ANGOLA", da autoria da digna jornalista Alexandra  Marques..




Emocionado com a leitura das primeiras páginas do referido livro, dei conta, que na página 17 vem  descrito um relato de uma situação vivida, ainda no tempo em  que estava trabalhando em Luanda,  no meu escritório, no Banco,  antes de ter sido transportado de avião  com  destino a Lisboa,  para efeitos de tratamento de  um grave e repentino estado grave de saúde, que me afectou, já próximo do dia da Independência de Angola.

Para já, reproduzo cópia do texto de uma correspondência que cheguei a receber, no meu escritório, no Banco, antes do meu embarque com destino a Portugal.


(Transcrevo, para melhor leitura)

"DESPACHO:

Considerando que a nacionalização da  banca de Portugal tem importantes incidências na banca  que opera em Angola.
Considerando  que tais incidências têm de ser minuciosamente estudadas e ponderadas pelo Governo de Transição de Angola através do Ministério do Planeamento e Finanças, a fim de que sejam acautelados os interesses  nacionais e o processo da descolonização em curso.

Considerando que estão estabelecidos contactos com o Govêrno Provisório Português a fim de encontrar solução conveniente para a (parte pouco visível)

Determino o adiamento "sine die" da assembleia Geral do Banco Totta Stamdard de Angola, convocada  para hoje, 24 de Março de  1975.

                                              O MINISTRO DO PLANEAMENTO E FINANÇAS.


                                                                     ( Ass.) SAYDI  MINGAS".

Terá sido  este o principio do fim,  de uma Instituição Bancária ainda na adolescência,  pois  havia sido  criada apenas nove ano antes,  portanto em 1966,  e que  levou a um  estado  comatoso e a um lento definhar num canto escuro do Banco de Angola ? Nunca  saberemos, pois  muitos eram os interesses e as rivalidades, resultando na disputa  de apetitosas fatias como era a banca em geral e o Banco Totta-Standard de Angola,  em particular. Eu,  pelas razões descritas,  fui forçado a partir e a nunca mais voltar,  contra o meu desejo e a minha vontade. Tenho a consciência limpa e não foi pelo meu trabalho e pelo trabalho dos que comigo partilhavam o espaço que a história não continuou. Mais altos e misteriosos interesses se levantaram,  como muitas vezes acontece.


Seguem-se mais comentários,  futuramente, após leitura acesa do referido Livro.

1 comentário:

  1. Estes livros que se baseam em factos reais, não interessa divulgar!...

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