domingo, 27 de maio de 2012

... o Salsicha...


Este quadro contém uma linda história... de um cão !

 Em Angola, Luanda, aos fins-de-semana, atrelávamos a este "Morris", o barquinho "Ana Lito", que nos conduzia, por estradas não asfaltadas, a caminho do rio Cuanza, a norte, a cerca de 60 quilómetros, com a finalidade, de, naquele tortuoso rio, pescarmos os celebres pargos e garoupas, espécies que, por  vezes chegavam a atingir muitos quilos de peso.

Um dia, ao regressarmos a casa, aí a uns vinte quilómetros da nossa partida, a  meio da estrada, deparamos com a presença de um cão, deitado, ao comprido, que, atendendo não estar ninguém por perto, calculámos que estava perdido.  Então, mais uns metros à frente, notei, pelo espelho retrovisor, que o animal nos perseguia com a língua de fora.  Então, parámos o carro e recolhemo-lo. Assim  chegámos ao nosso destino... sem pargos... mas com um  lindo cãozito, a que demos o nome de "Salsicha"..
Foram colocados anúncios nos jornais locais, sobre o "achado", aos quais ninguém respondeu.


Nestas circunstâncias, o "Salsicha" passou a ser propriedade dos nosso filhos, até que... certa manhã demos com a falta do "companheiro", que desaparecera!

E, durante muito tempo não soubemos nada sobre o seu paradeiro,
até que, numa quente tarde de verão, ao abrirmos  o portão do quintal, lá estava o "Salsicha", de novo, com o rabito a dar-a-dar e... espantosamente, viemos a averiguar que, eventualmente, por roubo,   esse alguém o tinha "levado" e... que o "Salsicha" ter-se-ia  "desembaraçado" do " furtuoso" que viemos a saber, residia a vinte quilómetros da nossa residência



Que caminhada ... não de barco mas "de patas curtas" pois era  um cão tipo salsicha...

Já são percorridos muitos anos após o seu falecimento !

Era assim... em Angola, noutros tempos !...







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