sexta-feira, 4 de maio de 2012

Metade de MUITO continua a ser MUITO ...


Milionários solidários


Não quererão os nossos milionários seguir o exemplo dos americanos e doar metade das fortunas?
Quase cem milionários americanos aderiram já à iniciativa de doar metade das fortunas para causas filantrópicas, promovida pelo fundador da Microsoft, Bill Gates, e pelo empresário Warren Buffett. Entre os aderentes contam-se David Rockefeller, Ted Turner e o mayor de Nova Iorque, Michael Bloomberg. Este explicou assim a sua motivação: "Fazer a diferença na vida das pessoas – e vê-lo com os nossos próprios
olhos – é talvez a coisa mais gratificante que existe. Desta vida só levamos a lembrança das nossas acções, pois o resto é ornamentação."
Nem todos os milionários compartilham este ponto de vista. Em 2010, Bill Gates e Warren Buffett convidaram para um jantar cinquenta milionários chineses. Temendo vir a ser confrontados com um pedido embaraçoso, quarenta e oito declinaram o amável convite. Pergunto-me como reagiriam os nossos milionários (não tão ricos quanto os americanos, mas suficientemente ricos) em idênticas circunstâncias.
Estariam dispostos a prescindir de metade das fortunas em nome do bem comum? Seriam capazes de tomar ou aderir a alguma iniciativa nesse sentido? Bill Gates e Warren Buffett não são seres humanos vulgares. Apresentam um vasto currículo como filantropos e têm a percepção de quão injusto é alguém dispor de uma fortuna de centenas ou milhares de milhões de dólares (ou euros) e assistir impávido ao espectáculo da fome, da miséria e do desemprego de um vastíssimo número de seres humanos. Mas, por mais rico que se seja, não é fácil prescindir de metade da fortuna. Estes milionários deram provas de um altruísmo, de uma solidariedade e de uma responsabilidade social dignos dos maiores elogios.
Hoje existe uma importante causa filantrópica chamada Portugal. Como se anunciava já há um ano, o povo português chegou ao limite dos sacrifícios toleráveis. Os agravamentos fiscais, as diminuições remuneratórias e a subida do desemprego estão a criar um círculo vicioso que conduz à recessão e ao definhamento do Estado Social. Não quererão os nossos milionários seguir o exemplo dos seus parceiros americanos
e doar metade das fortunas para defender o Estado Social e combater o desemprego? Não há forma mais digna de utilizarem o dinheiro.


Rui Pereira, Professor Universitário, in Correio da Manhã de 3 de Maio de 2012




Eu, milionário, mas só de ideias filosóficas (!) vou distribuir  a minha riqueza por todos que a queiram receber.
Não é uma  riqueza material, mas, de materialismos, está o Mundo cheio . Importa, também, o gesto bonito, a palavra AMIGA , o abraço reconfortante. Se pudesse juntar  tudo, como o exemplo acima, tanto melhor!
Não são todos que estão disponíveis para partilhar o pouco ( ou o muito ) que têm, e no mundo em que vivemos,  todo o gesto de partilha,  por inspiração Divina, é uma maneira de dar vida ao MUNDO !...



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