Mártires do sigilo bancário

Bolo de aniversário

Mais uma vez, com elevado prazer, realizou-se um almoço de convívio e confraternização dos colaboradores do ex-Banco Totta-Standard de Angola, e seus familiares, em Pombal, no Restaurante "O Manjar do Marquês",  no dia 19 de Maio de 2012.

Estes convívios já fazem parte da existência dos que ainda sobrevivem de um acumular de honrado trabalho, exercido ao longo de anos, numa actividade em que bastaria uma  simples divulgação que se relacionasse, secretamente, com qualquer particularidade pessoal dos seus clientes, para, além de "ir para a rua", ser igualmente submetido a acções judiciais, que poderiam até conduzi-los à tenebrosa cadeia....

Honra seja feita, homenageando, sobretudo, "aqueles  que por obras  valerosas, se vão da lei da Morte libertando"...   que o destino não permitiu que compartilhassem  connosco, à mesa, o festejar com taça de champanhe, o acto de saudação a todos os Companheiros da Banca já  falecidos...!

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Sebastião José de Carvalho e Mello

Nesta cidade de Pombal, o Estadista, Sebastião José de Carvalho e Mello, Marquês de Pombal, nascido em  Lisboa, são particularmente recordadas as suas patrióticas acções de governação, em que jamais permitia as "vigarices" que agora se fazem...( para bom entendedor meia palavra basta..) !

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Acima, algumas imagens do último convívio de ex-funcionários do Totta Standard em Angola

Recordando épocas vividas, há já longos anos, pela esmagadora maioria de Bancários, aqui convivendo, com dignidade e verdadeira amizade, transcreve-se alguns trechos, então, anunciados pela Entidades Governativas:

Despacho do Secretário de Estado do Tesouro, em 15 de Abril de 1976, em Lisboa:

" Ratifica-se  o presente protocolo cujo  conteúdo  condicionará  as futuras admissões a realizar pelo sistema bancário e do qual deverá ser dado conhecimento ás Direcções dos  Sindicatos Bancários, ao Banco de Portugal e à Caixa Geral de Depósitos e ao Banco de Angola. O Banco de Portugal deverá proceder à sua divulgação junto das restantes  instituições de crédito para efeito da sua plena aplicação"

Por seu lado, por Despacho do Ministro das Finanças, Dr, Francisco Salgado Zenha, datado de 27 de Março de1976, determinou que os Retornados Bancários das ex-Colónias, poderiam ter acesso a vagas da Banca, nos termos e limites a precisar, como seguem:

ADMISSÕES

".. Ficou determinado  que, para efeitos de admissões, " Retornado bancário" será o trabalhador que desempenhando funções  especificamente bancárias, em Angola, em 31 de Janeiro de 1975 ( acordos de Alvor) e, em Moçambique, em 7 de Setembro de 1974 (acordos de Lusaka), regressaram após essas datas, a Portugal, mantendo a sua qualificação profissional de bancários, em consequência das vicissitudes ligadas nos respectivos processos de descolonização..."


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Eis, portanto, porque passaram este "valerosos" (termo de Camões, nos Lusíadas) Bancários, após o seu atribulado regresso à Pátria Portuguesa, situações, em que, no meu caso pessoal, acabei por ser colocado na situação de Reformado da Banca, decorridos longos períodos nesta actividade laboral, em que exerci, inclusivamente, funções de Chefia (com comprovada dignidade e competência profissional), mas com direito, apenas, a uma pensão de reforma equivalente à de um Aprendiz na Banca (a mínima no sector do Grupo)...

Bem Hajam, Todos os Dignos Colegas....  Saudações ...


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Tá?!...