sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A Lei da Vida... e da Morte

Não sei se derivado da emoção resultante do recente aniversário do casamento com a minha já falecida e Santa Mulher, mas a verdade é que na minha mente vagueiam algumas ideias mais macabras e tenebrosas. Ideias de vida e, também, de morte.

A Morte é um assunto TABU. Pouca gente gosta de falar na morte. Seguramente pela tristeza que advém da perda de pessoas próximas e queridas e da solidão, daí decorrente. Mas, a verdade, é que a morte faz parte da vida. É com base na premissa de que um dia nos iremos embora deste mundo físico, que nos é estimulada a vontade de viver. "A vida é um sopro", já dizia o recentemente falecido, aos 104 anos, Óscar Niemeyer, o arquitecto brasileiro responsável pelo projecto da capital, Brasília. De facto, se fossemos imortais qual seria o nosso objectivo de vida? Sem o desafio da morte, qual o sentido de viver? É a morte que norteia a vida.

Alguns decidem tomar a morte pelas próprias mãos. Suicídio. Para quê antecipar o que é inevitável? Vale a pena viver mais um dia, sempre. Mas não tenhamos ilusões. O nosso corpo um dia deixará de viver. Apenas permanecerá na memória das pessoas aquilo que fizemos e fomos durante o nosso efémero período de vida. Por isso, a honestidade, honradez e bons princípios são de extrema importância. Prefiro ser recordado por boas acções do que por acções de inveja, raiva e ódio, embora a história seja pródiga em crueldade, que nunca é demais recordar, para que tentemos não repetir. Nem sempre o conseguimos...

Gostava que me recordassem. Deixo aqui, neste blog e em muito mais, as minhas ideias e um pouco de mim, para que, um dia possam lembrar e ver o que foi a minha vida.

As pessoas morrem. São sepultadas, um cerimonial muito antigo, que remonta ao dealbar da própria civilização. O respeito e o amor pelos mortos é um sinal de humanidade, de compaixão. E só assim poderemos respeitar também os vivos e reconhecer o verdadeiro valor da VIDA. Porque viver, ao contrário do que alguém disse, não é o oposto de estar morto.

Aproveitemos, pois, esta dádiva que nos é concedida. Saibamos suportar as horas de dificuldade e tristeza e desfrutar dos momentos de alegria. E consigamos distinguir o que tem realmente valor. A sociedade leva-nos a fazer, muitas vezes, o que não gostamos para comprarmos e termos aquilo de que, na verdade, não precisamos. O material não é um bem essencial. Importante é ser capaz de rir, chorar, andar, correr e respirar, com o coração a bater a mil à hora!!!!

Deixo um pensamento final:

Concedei-nos Senhor, Serenidade necessária, para aceitar as coisas que não podemos modificar, Coragem para modificar aquelas que podemos e Sabedoria para distinguirmos umas das outras.

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