segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O efeito borboleta...

Os cientistas,  entendidos nestas matérias, criaram o termo em título, descrevendo o que o simples bater de asas de uma borboleta pode, devido ao deslocamento de ar resultante, causar um violento tornado no outro lado do Mundo.
Isto tudo é como que dizer que pequenas coisas,  meros detalhes, podem ter grandes consequências e,  em  última análise, resultados desastrosos.
Ao longo da história muitos são os exemplos de como acontecimentos localizados e de impacto,  à partida,  reduzido,  tiveram posteriormente um efeito inesperadamente avassalador.

Quando, a 28 de Junho de 1914 o arquiduque Francisco Fernando foi assassinado em Sarajevo, no pequeno território da Servia,  ninguém imaginaria que isso iria dar origem à Primeira Guerra Mundial, que envolveu as maiores potências mundiais que causou milhões de mortos.

Outro exemplo de um acontecimento aparentemente insignificante,  mas com um impacto enorme (este, ao contrário do anterior,  positivo) é a história da descoberta,  em 1928, do antibiótico PENICILINA. Obra do acaso, jamais Alexander Fleming imaginaria que umas culturas de bactérias esquecidas no seu laboratório, quando decidiu ir de férias,  iriam resultar num dos medicamentos mais importantes na história da medicina e da saúde e que salvou incontáveis vidas.

A pressa e o querer fazer muito em pouco tempo pode também causar mal entendidos e arrelias que são tão desagradáveis quanto evitáveis. Uma pequena desatenção,  bater com o dedo na tecla ao lado, pode ser, como diz o outro, "a morte do artista",  e ocasionar situações absolutamente inesperadas.

O insignificante só o é enquanto nós o entendemos como tal. Uma palavra dita é como uma pedra atirada, depois de dita não pode ser retirada nem a pedra recolhida. Pequenos gestos podem,  aos olhos dos outros, parecerem enormes manifestações. Temos, por isso,  que ter muito cuidado com este efeito borboleta e, sem deixar que isso seja uma obsessão, pesar as nossas atitudes, acções e passividades. Enfim, temos que nos  atribuir importância e ter consciência de como nós,  insignificantes criaturas, podemos afectar a vida de quem nos rodeia ou até, quem sabe, o mundo inteiro...

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