quinta-feira, 18 de abril de 2013

Estou sem ideias...

Os dias passam,  a Terra roda em torno do Sol,  o Sol em torno do centro de uma galáxia  onde estrelas percorrem  órbitas que as transportam no Universo em expansão.

Nós,  seres humanos,  somos um pequeníssimo grão de areia nessa praia cósmica,  com um areal a perder de vista. Há quem diga,  até,  que esse areal é infinito.

Se o espaço é infinito então o tempo também o será. Mas nós,  insignificantes,  parecemos querer o tempo todo para nós,  procurando  fazer muito em pouco... Depois,  história após história,  começam a faltar as palavras.  As ideias  parecem fugir,  como areia fina entre os dedos.

Sinto-me sem ideias. Digo e penso isto vezes sem conta. Mas depois,  lá de um recanto da memória, espreita mais uma história,  ansiosa por ser contada. E aí,  como que um autómato,  controlado por uma vontade que não é a minha,  ponho mãos à obra. A história é para ser contada. Existe para que amanhã outros saibam o que foi o ontem,  que para mim é ainda hoje.

Após mais uma história que liberto da sua gaiola da memória,  olho para as palavras e imagens que acompanham e sinto que um pedaço de mim aí ficou. O que somos sem as nossas histórias ? Apenas um qualquer  "calhau"  que por aqui rolou... é a capacidade para transmitir hoje o que aconteceu ontem aos que  virão amanhã,  que nos define como seres humanos e nos distingue de  animais, como nós...

E amanhã,  embora pense sempre que não,  mais uma história irei contar. Porque há muitas,  esperando apenas a oportunidade para saírem cá para fora...


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