domingo, 27 de outubro de 2013

"Deus, Pátria e Família"...


Em  espiral enroscada como o caracol,  não me saem  do espírito, as epopeias  que vêem contadas  na obra literário , " A Conjura",  que o meu  compatriota, José Eduardo Agualusa,  publicou há tempos, relatando factos e feitos ocorridos,  num distante passado, na  ditosa terra africana - ANGOLA .

O nome de Carmo Ferreira, que frequentemente , nesse livro,  é reportado, emocionou-me de tal forma, pois creio reconhecer a postura  de heroísmo  e dedicação   que  vêm  relatadas  e que foram  praticadas  por tal eminente  Figura,  em terras de Angola,  em  virtude  de um ardoroso e feliz  convívio que,  em Angola (terra do meu nascimento), cheguei a ter, na minha infância, com o meu  patriótico Avô, que se bateu em Angola e aí  ainda "permanece", sob a  terra:  curiosamente chamado Joaquim do Carmo Ferreira.

 Durante muitos anos,  talvez por "herança" , dediquei-me, domesticamente, a fotografar meio-mundo,  por onde passava,  sempre  acompanhado por Familiares, e por ultimo com o ressurgimento das maquinas de filmar, colhi imagens, que porventura  até algumas possam ser consideradas "historiaras", como por exemplo as  "Torres Gémeas", na América, agora inexistentes.

Monumentos erigidos durante o tempo da "colonização", permanecem ainda "resguardados", em foto, nos meus velhos cacifos, já  um tanto  "bolorentos" !

No entanto, vou aqui  repercutir uma parte de um texto, histórico, do "Agualusa", de merecido interesse  para com todos os bons portrugueses...

Existe, porem , uma  certa curiosidade:- Num local onde foi implantada uma colónia  constiutida por ilheus da Madeira,  e  em que foi erigida um pequeno  monumento em sua homenagem ( v. foto),  quem preservava e cuidava do Cemitério que la ficara , era  o Preto que cheguei a fotografa-lo, no momento em que ia regar uma planta,no cemitério.


E, atenção a redacção textual que vem  publicada na pagina 68 do livro acima identificado:-

Um procedimento  que honra o seu Pais - SILVA PORTO.

"Quando o velho colonialista  Silva Porto  se embrulhou na bandeirinha azul do reino  e empoleirado num barril de pólvora, se fez explodir, a  ele e â sua libata e a todo o armamento e munições, sabia  com certeza que estava a lançar petróleo à alta fogueira dos ódios nacionalistas e, assim, indirectamente, a perpetrar um massacre. De facto, quando o idoso capitão-mor estoirou, vivia-se em toda a colónia a ressaca do  Ultimatum britânico e a sua atitude, que noutra altura talvez tivesse sido apenas motivo de troça,  empolgou os colonos, agitou os governantes e ditou a sorte do orgulhoso Ndunduma, cujos guerreiros foram incapazes de resistir ao assalto combinado de duzentos e sessenta caçadores indígenas, doze cavaleiros, oitenta mercenários bóeres, trezentos dâmaras e quarenta bastardos, todos sob o comando do brilhante capitão  Artur de Paiva"...







E aqui fica a historia de um brilhante  oficial portugues, que,   por dignidade e honra  imolou-se , num barril de pólvora, em Angola, embrulhado  na bandeira do seu pais,  por se sentir traído   pelas  falsas companhias regimentais...

Um bom português que soube respeitar o que é    DIGNIDADE E HONRA !...


Tá?!...

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