quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Um raio de sol espreitando timidamente...

Transcrevo ,  parcialmente, do meu anterior blog, a seguinte passagem, inicial, que  ajudará a interpretar a razão pela qual dou novo "ênfase" ao assunto, presente (com  repetição) nesta publicação de teor bloguista.

"Nas nuvens...
                     Olho pela janela e vejo o céu carregado de nuvens cinza e, de quando em vez, um raio de sol espreita timidamente... Aqui,  frente a este monitor faço  aparecer, como que por magia, palavras e imagens,  memórias de sempre que nunca se apagarão."
..." Ao reler velhas cartas sou direccionado para imagens mentais que procuro materializar  em imagens reais..."

Nem de propósito!  À tardinha,  já com um sol  "radioso",  ocorreu-me a ideia de "vasculhar" papelada, que há muito conservo num dos meus privilegiados "caixotes das divinas lembranças", e reparo em determinada cartinha, que uma saudosa prima me enviara, em Outubro de 2008, da qual  destaco, apenas, a seguinte passagem do seu texto. até porque  foi com todo o carinho que a guardei,  atendendo que a querida e saudosa  Autora (Maria João) nascera   na nossa antiga Índia Portuguesa.

"Penso que com a colaboração de todos  os  Primos vamos conseguir um resultado interessante para netos e bisnetos... Já não digo que consigamos ter tantas histórias sobre Carmo Ferreira como o Agualusa que no livro "A Conjura" começa com um poema do Tio Lourenço e termina com a morte de outro parente imaginário..."-

De há muito que procuro esta obra literária, na medida em que o nome de Carmo Ferreira, que  entre muitos outros,surge permanentemente  em  contos vividos em terra Angolana, e relatados nesta valiosa e surpreendente obra , de que não me canso de reler, após te-la adquirido, muito  recentemente.
Parabéns ao Autor de  obra tão encantadora. Ambos somos angolanos...



Dou destaque, ao soneto subscrito por L do Carmo Ferreira, 1902 (que presumo seja Lourenço do Carmo Ferreira), e que presumivelmente  possa ter sido um meu louvável ... tio-bisavô !...

"Luanda é boa: não vem cuco que se não transforme em andua..." ( provérbio luandense).
"[...]
Eu vi, sonho sublime! - em célico clarão!
ressurgir Angola em meio da escuridão!...
Oh! Fontes, ao clarão de uma aurora virginal,
vi realizar-se o teu íntimo ideal "
Vi então Angola das vascas  dàgonia
erguer-se esplendorosa à luz de um novo dia
reinava a harmonia; o sol da igualdade
já de luz,  inundava a livre humanidade
E que belo deve ser para o peito angolano
ver vingar o Direito e a queda do tirano?
tudo isto antevia no sonho fabuloso
envolto num clarão, etéreo, luminoso.
Porém quando acordei a negra realidade
mostrou-se bem crua: nula era a igualdade
utopia o Direito e zero a Liberdade ! [...]"




Tá!...

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