quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Um sonho de morte...

A RTP1 emitiu imagens impressionantes,  verdadeiramente dramáticas,  de agentes da polícia a recolherem na praia,  julgo que na costa da Turquia,  os corpos inanimados  e sem vida de crianças vítimas de naufrágio  quando tentavam alcançar a Europa,  a qual imaginam como sendo um derradeiro paraíso. Não foi um corpo nem dois,  ou mesmo três. Os agentes da segurança atarefavam-se a recolher dezenas de mortos. O que fizeram estas crianças para merecer tão trágico destino ?

Quais as razões que levam estas pessoas a arriscar a sua própria vida e a dos seus filhos numa viagem em condições miseráveis ? Afirmam fugir da guerra,  da fome, da miséria e de perseguições políticas. Imagino as condições de vida,  terríveis,  nos seus países de origem, que motivam este dramático e trágico desfecho.

Como chegam à Europa ? Muitos deslocam-se a pé ou em veículos ilegais,  vindos do Médio-Oriente, outros de barco atravessam o Mediterrâneo vindos de África. As condições de transporte são péssimas. Uma embarcação com capacidade para vinte pessoas transportam frequentemente centenas. Para isso investem as  suas economias nas mãos de bandidos que fomentam este fluxo migratório pois lucram milhões.

O que procuram ? O seu sonho é fazer parte de uma sociedade  justa e solidária. Procuram preferencialmente os países do Centro e Norte da Europa,  como Alemanha,  Bélgica,  Inglaterra,  Suécia, entre outros. Aí,  sabem que podem contar com o apoio de sistemas de segurança social verdadeiramente seguros (até ver...) e encontrar trabalho pago com justiça.

Qual a solução ? Os países da  Europa têm manifestado a sua disponibilidade para receberem os refugiados. Mas as dificuldades são imensas. O número de migrantes não pára de aumentar e muitos destes países vivem já em grande dificuldade com os seus próprios problemas (como a Grécia,  por exemplo),  tendo por isso capacidade reduzida para albergar estes refugiados. Facilmente a situação atingirá um ponto de rotura  com consequências sociais e económicas terríveis e de intensidade imprevisível. Continuar a receber estes refugiados como se não houvesse amanhã,  como se  um peso  esmagasse a consciência da Europa,  não é solução.  Há que atacar o problema na origem. Combater a corrupção  nos países africanos que deixa as populações na miséria e os seus Dirigentes imensamente ricos e poderosos. Pressionar os Governos para maior abertura democrática. Intervir militarmente e em força com vista ao extermínio de grupos extremistas que fomentam a destruição e o caos em nome de um falso Deus. Ajudar a semear para depois colher. Enquanto fecharmos os olhos ao que acontece lá longe,  a miséria vai continuar a bater-nos à porta de casa... Um filósofo chinês dizia: "Se vires um pobre com fome,  não lhe dês um peixe,  ensina-o antes a pescar"...


















Tá?!...

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