terça-feira, 1 de setembro de 2015

Amparado por imaginação divina...

Frequentemente faço uma visita periódica, por vezes diária (quando o  tempo o permite), ao local onde a minha saudosa Mulher, Alvarina Teresa, descansa em Paz. Já lá vão perto de cinco anos que partiu, eternamente, a caminho do Céu, para junto de Deus. E parece que foi apenas ontem...

Hoje, 1º de Setembro de 2015, e que, segundo dizem, é o dia dos Armandos (curiosamente, coincidente com a data do inicio da II Guerra Mundial), levando apoiado por imaginação divina, no meu pensamento a imagem de quem mais amei neste Mundo, a minha Dinha - era  assim eu  a tratei  ao longo dos sessenta anos de um feliz convívio conjugal - quando, apoiado na habitual  muleta, caminhava, com destino incerto,  depois de  decorridos cerca  de sessenta metros da partida de saída da porta da minha residência, fui ofuscado por esta imagem que, repentinamente, se chocou com os meus pés:



Pensei logo o que teria acontecido a esta pobre avezinha , ainda noviça, para "emigrar" com  destino ao infinito, sem que ninguém  tenha tido pena dela, ao ponto de todos terem cuspido para o lado e ninguém se ter  preocupado em lhe ter dado um breve jeitinho de acomodação sob a superfície terrena.


Evidentemente que, apesar de pertencer a uma classificação vigente, que é só sob  penas que "mourejava", que não mereceria ter como destino eterno, um caixote de lixo...

Desajustadamente ,á beira de um tampão publico, de um caixote de lixo..
Por uma questão humanitária, e porque  enquanto viva, talvez tenho proporcionado belas visões aéreas, e agora, depois de morta, também não deixa de ser merecedora de um covil coberto a terra, que a manterá, eternamente, fora do reboliço que vai por aí, à superfície... por esse Mundo fora !...

Já por baixo da terra, onde permanecerá definitivamente...
 E assim vai o Mundo...

Tá?!...

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